Missão em Portugal

Missão: Unidade Pastoral Reguengos de MonsarazComunidades de S. Marcos do Campo, Campinho e Cumeada

Partir em missão é despojarmo-nos de nós e darmo-nos por inteiro ao outro. É sermos portadores da boa nova, é sermos portadores de Deus! E é vermos Deus nos outros. É uma dádiva, é uma troca em que recebemos bem mais do que aquilo que damos!
Ao longo da última semana, de 3 a 10 de Abril, estivemos em missão em três comunidades, da unidade pastoral de Reguengos de Monsaraz: S. Marcos do Campo, Campinho e Cumeada.
A missão tem como objetivo principal anunciar a visita pastoral do Sr. Arcebispo de Évora, D. José Alves às comunidades, antecedida da chegada da imagem peregrina de Fátima. Ao longo dos dias visitamos as famílias porta-a-porta, das diferentes localidades, assim como o Lar e Centro de Dia de S. Marcos do Campo e de Campinho e tivemos encontros comunitários com a comunidade, com os catequistas, os jovens e as crianças.
Fomos recebidas com grande alegria nas celebrações dominicais do dia 3 de Abril, domingo da Divina Misericórdia, pelo pároco, o Pe. Manuel José e pelo Diácono Domingos Barão, assim como por toda a comunidade. Ali sentimos o primeiro impacto do quanto ansiavam a nossa chegada e como se haviam empenhado para nos proporcionar uma excelente estadia. Receberam-nos como se fosse o próprio Jesus a entrar em suas casas. E na verdade levámos em nós Jesus e encontramo-lo em cada uma das pessoas com quem nos cruzamos.

O facto desta semana de missão ter decorrido em pleno jubileu da misericórdia, fez-nos perceber o quão importante é anunciar o rosto da misericórdia do Pai: Jesus Cristo. Ele ainda é para muitas gentes desconhecido. Não porque não o queiram conhecer, mas porque não há quem o anuncie. Nós tivemos essa missão: sermos portadoras da boa nova da Ressurreição, ao jeito de Maria Madalena, anunciando também a misericórdia de Deus. Anunciamos que Jesus vem ao nosso encontro, não importa se estamos perto ou longe. Ele não se cansa de se aproximar de cada um de nós, não se cansa de esperar por nós, da mesma forma que o Pai misericordioso esperou o regresso do filho pródigo. E quando nos encontra abraça-nos com muito amor, tanto amor ao ponto de dar a vida por nós.
Este foi um tempo de levarmos a boa nova, de anunciarmos que Jesus vem ao nosso encontro e que sempre nos aguarda. Do mesmo modo, sentimos que a nossa presença levou à interrogação de muitos. O que é que nos faz partir em missão para anunciar Jesus Cristo?
Respondendo a esta e a outras perguntas partilhamos com miúdos e graúdos sobre a nossa vocação, sobre o que nos fez deixar tudo e seguir Jesus. Tal como aconteceu com os primeiros discípulos, Jesus veio ao nosso encontro e desafiou-nos a lançar a rede para o outro lado, a fim de conseguirmos pescar. À sua palavra lançamos as redes, confiamos n’Ele, escutamos a sua voz e a pesca tornou-se abundante.
Naturalmente, Jesus não nos fala a todos da mesma maneira. Ele tem para cada um de nós uma missão especial. A uns chama a segui-lo radicalmente através da consagração religiosa, missionária ou do sacerdócio. A outros chama a segui-lo através do matrimónio e como leigos. O mais importante é estarmos atentos aos sinais de Deus na nossa vida e percebermos como Ele nos vai guiando no caminho que nos faz felizes. Então podemos dizer como S. Paulo: tudo contribui para o bem dos eleitos de Deus.
É nesta certeza que desafiámos as três comunidades a acolher Jesus nas suas vidas, através da presença do seu Pastor. Desejamos que este seja tempo de graça, rico em misericórdia e de (re)encontro com Deus, procurando perceber qual a missão que Deus tem para cada um agora!
Não tenhamos medo de perguntar: Senhor que queres que eu faça? Ele responder-nos-á…

Ir. Ana Margarida Lucas

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