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A mostrar mensagens de dezembro, 2019

Santa Maria, Mãe de Deus - "Somos paz"

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Havia algo de sagrado sempre que amamentava o seu filho…  Ele chamava pelo alimento que necessitava e que o nutria e ela corria para si sem hesitar.  Distinguia cada nuance do choro daquele ser a quem dera a vida e a quem continuaria a dar sob quaisquer circunstâncias.  Na intimidade de se pertencerem mutuamente, o instinto maior era cuidar. Juntos, eram a paz.  Oração de São Francisco de Assis Senhor, fazei de mim um instrumento da Vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvidas, que eu leve a fé. Onde houver erro, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado

PAZ, PAZ, PAZ

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"Pela Paz, daria mil vezes a vida"  Catarina de Sena   O Mestre Geral da Ordem dos Pregadores, pela terceira vez, de clarou o mês de dezembro, de Mês Dominicano pela Paz. Frei Bruno Cadoré após várias visitas aos países onde a Ordem se encontra, foi percebendo a nível mundial, os sítios mais necessitados de Oração e ajuda para a paz. Rezámos e rezamos pela Colombia, pelo Congo e agora pela Indía, por todo o trabalho que os dominicanos lá fazem pela paz, pela dignidade da vida, num país de pobreza extrema. Quase a terminar dezembro, no dia 26, as Irmãs Dominicanas da comunidade de Aveiro e alguns elementos do VTS reuniram-se numa pequena Vigília, à semelhança do que tinha acontecido em Lisboa e no Porto no Convento dos Frades Dominicanos. J.K. RIchards; (Angel with light) " De dezembro a janeiro, a Família Dominicana une-se pela paz, a cada ano particularmente por um país. Em 2017 e 2018, foi a Colômbia e a República do Congo que estiveram nas suas intençõe

Natal do Senhor - "DAR A LUZ"

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“Dar a Luz” NATAL DO SENHOR Um grito cortou a escuridão. Maria manteve-se assim, exausta, de olhos fechados.   Nada a haveria preparado para a emergência do seu corpo em dar à luz nas contrações, para a intensidade das dores do parto. Lá longe, ouvia um choro de bebé que agora respirava por si, com os braços esticados para o alto, pronto a enfrentar o mundo… Lá longe, ouvia um choro de pai emocionado, incapaz de conter a sua alegria perante a maravilha revelada diante de si… Bem perto, ouvia o seu respirar ofegante, num corpo banhado em suor e lágrimas… Ganhou coragem e, dominada por uma força maior que tudo, abriu finalmente os olhos. José esperava-a com o menino no colo. Nada a haveria preparado para a emergência de pegar e beijar o seu bebé, para a intensidade do amor que a inundava. Tudo parecia diferente agora. Um riso preencheu o seu destino. Ali tinha tudo quanto esperara! Ali estava a promessa de uma vida renovada pela vi(n)

IV Domingo do Advento - "POR ISSO VEM!"

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“Por isso vem” IV DOMINGO DO ADVENTO José monta o novo berço, totalmente embrenhado… e Maria olha-o da soleira da porta, plena naquele amor amadurecido naturalmente ao longo dos tempos. No início, tinha-se deixado cativar pela forma discreta como José cuidava de si: como a sabia ver ao pormenor, como a respeitava, compreendia e apoiava incondicionalmente. Agora, apaixonava-se cada vez mais pela reciprocidade do que viviam, pela complementaridade da sua união, pelo projeto de vida sonhado em comum que os conduzia ao melhor de si. “Maria (…) noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida (…) Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus (…)». Qu

III Domingo do Advento - "QUE (NÃO) TARDES"

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“Que (não) tardes” III DOMINGO DO ADVENTO   Maria olha enternecida para a imagem na ecografia do seu menino… pergunta-se que caminhos os seus pés trilharão… pergunta-se que pessoas as suas mãos servirão… “Esperai com paciência a vinda do Senhor. Vede como o agricultor espera pacientemente o precioso fruto da terra, aguardando a chuva temporã e a tardia. Sede pacientes, vós também, e fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima.” (Tg 5, 7-10) O coração de Maria era um misto de emoções! Quão bom seria já ter o seu filho no colo, poder beijá-lo… Quão bom era ainda poder preparar a sua vinda, ver o seu amor crescer, desejá-lo até mais não… Mais do que esperar, Maria perceberá que estará sendo esperada pela sua promessa… Maria, queremos contigo… Desejar esperar Fugir do ativismo e viver serenamente o tempo para que o meu coração busque cada vez mais o que é essencial. Maria, querem

ENTRE TANTOS - Tudo ali a dois passos

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Trabalho na Sertã há quase dois meses e ainda não tinha ido além do caminho que me conduz de Coimbra à escola. Há uns tempos, já tinha deixado uma aluna escandalizada com o facto de não conhecer o maranho, prato gastronómico típico de lá e, assim sendo, tão pouco se esforçou por me dizer bons restaurantes para o provar uma vez que percebeu logo que as minhas referências geográficas da vila eram nulas. Bem, o que se passou na passada sexta que motivou a escrita da crónica desta semana: ando aflita do nariz, precisava de ir à farmácia comprar qualquer coisa, nem que fosse uma água do mar apenas. Perguntei indicações a uma colega e ela disse-me: “ah, é perto, 100 metros da escola, sempre em frente na esquina”. Tenho um furo de 1h30 no meu horário que acabo invariavelmente por ocupar a trabalhar ou estudar clarinete. Mas o meu nariz estava-me a obrigar a sair da escola e eu tive de ceder. Naquele dia tive mesmo de abdicar desse tempinho de trabalho e foi assim que, pela primeira vez

II Domingo do Advento - "OH MEU DEUS! VOU SER MÃE!"

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“Oh meu Deus! Vou ser mãe!” II DOMINGO DO ADVENTO Maria adora brincar com as crianças da sua vila.  Delicia-se com a sua espontaneidade: a forma curiosa como olham o mundo e fazem as perguntas mais caricatas, a forma sincera como manifestam sem filtros o seu carinho e se confiam de coração a todos aqueles que os enchem de amor.  Com as crianças, o mais puro instinto maternal vem-lhe ao de cima.  Como seria ser Mãe? “Disse-lhe o anjo: Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho (…) O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. (…) a Deus nada é impossível. Maria disse então: Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim   segundo a Tua palavra.” (Lc 1, 31-38) Naquele dia, em que descobriu que efetivamente o seria, Maria ficou estática perante os dois tracinhos que lhe diziam que o seu maior sonho se

ENTRE TANTOS - Resistir, persistir e saber desistir

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Às vezes, dou por mim a pensar no significado das palavras. Sobretudo naqueles momentos-chave, em que perco o rumo e que se torna necessário voltar a organizar as ideias. Confesso: em alturas de crise, vou-me completamente a baixo e tento colmatar tudo o que é emocional com uma boa dose de racionalidade, pensando imenso, tentando compreender os dois lados da barricada, tentando resistir arranjando uma série de argumentos, mais ou menos fortes, que justifiquem tudo o que estou a passar.  Tentando resistir . Numa dessas vezes, dei por mim a pensar no que significa resistir e acabei a questionar-me sobre as palavras insistir, resistir e persistir, todas tão semelhantes, todas tão comumente utilizadas como sinónimos mas ainda assim tão diferentes entre si. A verdade é que essa reflexão, que a nível etimológico pode ser de uma falta de rigor e de uma pobreza imensa, me ajudou bastante nesse processo de superação. E talvez esta partilha te possa ajudar também a ti - a ti que não estás

I Domingo do Advento - "E SE...?"

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“E se…” I DOMINGO DO ADVENTO Maria ainda não faz a menor ideia da promessa que está a começar a nascer dentro de si… Maria é uma jovem adulta empenhada nos seus trabalhos, nas suas pessoas, sabendo que uma vida que vale a pena só pode ser vivida como missão para os outros . Encara tudo com otimismo: cada dificuldade é só mais um desafio para ser superado. A fotografia é uma das suas maiores paixões.  Maria foi aprendendo a captar cada instante de gratidão com a sua câmara mas sobretudo com o seu coração.  Foi aprendendo a olhar cada vez mais em volta… Foi aprendendo a olhar cada vez mais em detalhe… Foi aprendendo a contemplar. Esta vida nova que nasce em si começará a manifestar-se :           nas corridas aflitas para o WC enjoada;          na aversão ao cheiro dos rissóis que a deliciavam;          nas variações de humor que até a ela espantam;          no cansaço que a persegue todo o dia apesar dos 50 mil cafés que possa tomar… Tud