Retiro Nacional VTS – 3, 4 e 5 de Março 2017

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Sinceramente eu não sabia o que esperar deste retiro, visto que era a primeira vez que ia.
Espera reencontrar bastante gente com quem não estava à algum tempo e claro ter algum tempo para me encontrar com Ele.
Neste retiro houve três atividades mais marcantes e que desta vez uma delas foi vista com outros olhos por minha parte.
O tema deste retiro era: “Contemplar e dar ao outro O contemplado.”
Viagem na sexta à noite como habitual, foi bastante calma, deu para conversar e distrair-nos um bocado para não parecer demorar tanto.
Tivemos uma dinâmica de apresentação bastante conhecida e foi muito engraçado!
Ainda na sexta à noite tivemos uma pequena palestra com uma das irmãs e falou-nos da importância de nos abrirmo-nos para Ele para que possamos abrir-nos para os outro. Dar o fruto do contemplado.
A irmã deixou-nos a questão: “Quem é Jesus para mim?”
– Para pensarmos durante a noite para que pudéssemos partilhar com os outros quem ele é para nós mesmos.
Sábado de manhã acordar cedo, como habitual, e na linha da palestra de ontem partilhámos os pensamentos de cada um na questão deixada pela irmã.
A pedido da Irmã e para nos ajudar a pensar nesta questão tivemos a refeição em silêncio, sem barulhos, sons, qualquer tipo de roído sonoro que pudesse perturbar este silêncio.
Depois de almoço, descansámos e ensaiamos um bocado e fomos à capela da casa das irmãs para termos um momento de oração. O objetivo também era estar em silêncio para que pudéssemos estar concentrados n’Ele.
Após termos tido este momento de silêncio em oração com Ele pudemos ir ter com algumas irmãs que não saem do convento, apenas para emergências. Em nove irmãs havia seis nacionalidades o que era incrível.
As irmãs deram-nos as boas-vindas e agradeceram pela nossa companhia e enquanto esperávamos pela próxima atividade apanhámos todos um bocadinho de sol e parámos um bocado para relaxar.
Entretanto tinham chegado alguns membros da comunidade de Aveiro que ainda se puderam juntar à próxima atividade.
A atividade que se seguiu a seguir foi a caminhada preparada pela comunidade de Lisboa e foi importante para saber que temos de estar abertos e ter confiança para nos podermos abrir a Ele. Foi também importante para podermos confiar em nós mesmos e que somos capazes de ultrapassar o que nos aparecer no caminho.
Tivemos algum tempo livre antes de preparar as coisas para o jantar onde pudemos comer alguma coisa e ensaiar de novo alguns cânticos.
Organizámos a mesa da refeição para que todos tivéssemos virados uns para os outros, essencialmente para ninguém ficar de costas para ninguém.
Jantar comido, loiça lavada, dentes lavados partimos para o terço e de seguida a procissão das velas.
Mais cedo eu referi que houve três atividades mais marcantes, esta foi uma delas.
Eu tenho vindo a Fátima várias vezes e tentamos sempre participar no terço e na procissão mas desta vez houve qualquer coisa diferente. Eu tive junto de uma colega e de alguma forma tive muito atento mesmo quando foi rezado noutras línguas… Nesse momento tinha a cabeça no sítio certo à hora certa.
Na parte da procissão tive tempo para pensar em várias coisas e de certeza que todos pensámos e foi muito importante mesmo estar atento nesta atividade.
Um bocado cansados seguimos para casa para um pequeno lanche seguido de um ensaio antes de ir dormir para afinar alguns cânticos antes da cerimónia no domingo.
Na manhã de domingo acordámos um bocado mais cedo para podermos fazer a oração da manhã com as irmãs e ensaiar as últimas partes para correr tudo bem.
A segunda atividade marcante foi a Eucaristia. Foi sentida, não só por nós termos posto tanto esforço nela mas também porque viu-se aí que somos um grupo unido quaisquer sejam os obstáculos.
Após esta emoção toda notou-se no caminho para casa que estávamos mais unidos do que o normal e antes de almoçarmos cantámos alguns cânticos com o grupo da Guarda e foi algo de especial e foi algo que fica para sempre nos nossos corações.
O almoço estava incrível, foi tudo preparado para que fosse especial principalmente por todos termos participado na sua preparação.
Antes de ir embora há sempre uma pequena oração e avaliação do encontro, neste caso retiro.
A última oração foi a terceira atividade marcante. Foi-nos pedido na manhã anterior que deixasse-mos um objeto que nos identificasse. A história por trás de cada objeto que foi deixado na capela foi explicado por todos e foi simplesmente lindo.
Orámos também pela família de alguns dos membros da Guarda que estão no seu país natal e pelo esforço que eles fizeram para vir para Portugal.
O momento final da oração foi com um abraço a cada membro do VTS que estava lá.
No último abraço que dei disseram-me: “O céu é o limite. Não deixes de ser incrível.”
Cada retiro, encontro ou atividade em que eu participo completa-me cada vez mais. Quando finalmente ficar “completo” vou poder dar ao outro o fruto do contemplado.
Luís Almeida

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