Jubileu: 150 anos: Confiança

1º Dia - CONFIANÇA | Obediência à vontade de Deus 

Teresa de Saldanha, autoretrato
“Sei em Quem pus a minha confiança e estou certo de que Ele tem o poder de guardar o meu depósito até ao fim.” (2 Tim, 1, 12) “Vamos confiantes ao trono da Graça e alcançaremos misericórdia” Heb, 4, 15
Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor entrará o Reino dos Céus, mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus”. (Mt 7, 21)

Pintado por Teresa de Saldanha
Teresa de Saldanha, uma jovem, do século XIX (4/9/1837 a 8/9/1916) A vontade de se consagrar a Deus, a necessidade do povo, sobretudo das meninas pobres serem educadas adiconado às circunstâncias da época:
- as diversas Escolas da APMP (Associação Protetora das Meninas Pobres), que fundara e da qual era a presidente; "Temos de salvar os filhos do nosso povo" 
- a ausência de Congregações Religiosas em Portugal, apenas alguns conventos ainda sobreviviam à Lei da Extinção de 1834, até que a ultima religiosa de clausura morresse;
- A impossibilidade de fazer a formação religiosa no país; 
- A proibição do pai de que saísse do país para a formação religiosa, mesmo que por um período de tempo;
- A noção de que queria religiosas para as suas escolas, que ensinassem as disciplinas, cultura, mas a fé com a vida;  

Estas circunstâncias aliadas ao acompanhamento espiritual do seu confessor, ajudou-a a perceber que a Vontade de Deus para ela era a de Fundadora! Confiando em Deus Teresa abdica da sua vontade, arranjar duas jovens que partissem para a Irlanda para fazerem o noviciado (1ª etapa da formação) foi complicado... Se a opção religiosa é geralmente tão dificil, quanto mais quando é proibida pelas leis civis. 

A 1 de Outubro de 1866, realiza-se o 1º Capítulo da Ordem Terceira de S. Domingos em Lisboa, esta reunião marca o envio das duas primeiras jovens: Harriet Martin (inglesa a viver em Lisboa) e Maria José de Barros e Castro (portuguesa) para se prepararem durante cerca de 15 meses. 

Teresa de Saldanha fica e trabalha muito para preparar uma casa religiosa que acolha as Irmãs, as escolas das meninas pobres. Na obediência, no morrer à sua vontade, Teresa será a primeira mulher a fundar uma Congregação religiosa, após a expulsão de 1834! 
                                                                                                        Ir. Flávia Lourenço, op

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