Jubileu - 150 anos - opção pelos pobres

3º Dia - Missão evangelizadora | opção pelos pobres

Calçada do Cascão, onde foi a primeira casa da Congregação
Jesus veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor. Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir. Lc 4, 16-19)


A Madre Fundadora fala da primeira comunidade, que para além das aulas diurnas; abriram as aulas noturnas, para as meninas que trabalhavam na fábrica dos botões, onde era muito exploradas e ainda visitavam os doentes. 

“A minha grande esperança são as obras de caridade que as nossas Irmãs fazem. Completamente feitas no silêncio, trarão bênçãos para a nossa grande obra. Eu sei as maravilhas que podem fazer. Eu só quero que se faça o bem, mas de uma maneira prudente, moderada, não introduzindo demasiadas coisas repentinamente, mas preferivelmente tentar introduzir o que parece necessário, calma e suavemente, à medida que os meses vão passando.
É uma grande caridade instruir os ignorantes e contribuir para a educação dos pobres, mas há ocasiões em que o coração ainda pede com mais ardor que se socorram outras necessidades mais urgentes da vida. Não há ânimo de instar com uma criança que estude, quando olhando para ela se vê no seu exterior os sinais visíveis da miséria! Vereis pelas nossas contas as despesas que fizemos com os fornecimentos para a aula, com livros e vários outros objectos. Também vereis que demos fatos e sapatos. Quando se vê uma criança quase sem ter que vestir e descalça, não se pode deixar de a socorrer. A nossa obra tem o verdadeiro sinal das obras de Deus: pobre, humilde, silenciosa, desconhecida do mundo, mas Ele gosta de esconder os Seus escolhidos do mundo ruidoso. Quanto mais medito nisto, mais provas tenho de que esta obra é de Deus. E este pensamento dá-me muita coragem e consolação." O meu único pensamento é o desenvolvimento desta obra, o desejo de fazer o bem, de servir a Jesus, de me tornar útil ao meu próximo... Desejo fazer o bem, mas pouco me importa que os outros o saibam, que os outros o vejam, o caso é criar raízes profundas de virtude e santidade nos corações...
As nossas Irmãs têm uma vida laboriosa, elas devem guardar algum tempo para visitar os pobres, tudo isto são obras de caridade pelas quais elas deixam Deus por Deus." (Teresa de Saldanha)
Curiosamente, agora a 13 de Outubro de 2018, onde funcionava a Fábrica dos botões, funciona hoje, a Associação João XIII, que dá apoio à comunidade sem abrigo, e como forma de comemorar esta data a Congregação, para além de descerrar uma lápide evocativo desta data, na calçada do Cascão, ofereceu o jantar aos sem abrigo! A melhor celebração para evocar as primeiras Irmãs são sem dúvida obras de misericórdia! 



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