A3, Assembleia de Animadores de Aveiro – O tempo perguntou ao tempo

 Decorreu no passado dia 21 de novembro de 2015 no Seminário de Santa Joana Princesa, em Aveiro, uma ação de formação para todos os agentes da Pastoral Juvenil, pertencentes à Diocese de Aveiro.  Como o VTS, e nomeadamente o VTS de Aveiro trabalha muito com jovens, este esteve também presente na referida formação.
            A atividade iniciou-se com uma oração preparada e apresentada em vídeo, onde a meio da apresentação e quase onde ninguém estava à espera, surgiu a oração do Pai-Nosso, onde todos os que estavam presentes no auditório do seminário rezaram a Deus. Ao “Tempo de Orar” seguiu-se o “Tempo de Escutar”, onde os oradores convidados foram a Irmã Goreti Faneca (Doroteia) e o Professor/Investigador Gil Campos.
Num momento inicial a Ir. Goreti falou da gestão do tempo, onde a mesma lançou questões/desafio ao público como por exemplo: onde gasto tempo e necessito de mais; onde gasto tempo e o mesmo não é necessário; entre outras. Goreti referiu ainda que devemos de viver ao ritmo da natureza, sentindo que se vive, que se respira, que se vive uma história de amor com Deus no tempo. Foi ainda exposto pela Irmã que uma forma de ganhar tempo é rezando e escolher o que Deus quer que eu escolha no tempo; nós não temos de ser escravos da nossa agenda, mas sim fazer neste tempo, que é de Deus, o que Ele quer que façamos. A Irmã Goreti concluiu a sua apresentação referindo que existimos para ganhar a sabedoria no tempo; que os problemas existem para encontrarmos/descobrirmos soluções; que as dificuldades existem para ganharmos maturidade e que devemos viver a quatro: Eu + o Pai + o Filho + o Espírito Santo.
Por sua vez, o Professor Gil Campos falou do seu tempo. Começou por abordar o tempo atual, e as imagens dos atentados estiveram presentes. O mesmo referiu que “se calhar preferia viver noutro tempo sem conhecer estas coisas” e ainda que “a nós não nos cabe decidir o tempo”. Gil Campos mencionou também que devemos fazer só o que for necessário e usar o tempo atual, não o tempo futuro. O Professor fez ainda alusão à passagem bíblica do evangelho de Lucas (Lc 10, 38-42) onde questionou o público de quando somos como Marta e como Maria. Aqui, Gil Campos deu o seu próprio exemplo, onde em momentos da sua vida é como Marta, estando sempre ocupado com muitas coisas que nem sempre lhe preenchem a vida e depois necessita de ser como Maria, onde aqui referiu que era a sua essência. Neste tempo de Maria, o Professor abordou que é um tempo elástico e onde procura viver a sua fé, viver a Espiritualidade que o identifica, que no caso é a Espiritualidade Inaciana. Aqui é vivido um tempo de contemplação (onde para Gil Campos é um tempo ótimo para estar com a família) e a meditação. Gil Campos concluiu que muitas das vezes ao estarmos à espera de alguém, esse tempo não deve ser considerado como perdido mas como um tempo bom, em que pode criar ansiedade para mais tarde estar com Deus.
Após um intervalo que serviu para repor energias, seguiu-se um tempo de debate, “Desafia-te no Tempo”. Aqui, divididos por grupos, os vários agentes da pastoral poderam partilhar as dificuldades que sentiam nas suas paróquias com os jovens e que soluções iam encontrando.
Chegado o “Tempo de Partir”, ficamos com a sensação de que muito há a fazer, mas a cima de tudo conscientes que o “Passado não volta, o futuro não temos e o hoje acabou./ Por isso ame mais, abrace mais/ Pois não sabemos quanto tempo temos para respirar”.      

Natália Faria             

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