Ir. Irene - Festa de São Domingos - Albânia 2017(continuação)

(continuação) Olá, eu sou a Irene, tenho 50 anos convido-vos a ouvir uma musica “brutal”: Hasta Luego, Maître Gimes
É verdade, eu também cresci num bairro mais ou menos assim difícil, mas onde havia/há bons vizinhos e bons amigos. Na minha zona há muitos católicos, mas poucos vão à Missa; Na minha família, todos somos batizados, mas apenas eu vou à Igreja e cresci na Fé com os Missionários dos Espirito Santo, com o grupo de Jovens Sem Fronteiras, com as equipas de Jovens de Nossa Senhora, com o Caminho Neocatecumenal, participei em várias Semanas Missionarias e em alguns Encontro Mundiais da Juventude(4). Apaixonei-me por Jesus e queria levar o Evangelho da Alegria ao mundo inteiro.
            Na faculdade, no curso de Ciências Religiosas,conheci as IRMAS DOMINICANAS DE SANTA CATARINA DE SENA, filhas de Teresa de Saldanha (TS) que como eu costumo dizer,  “o seu Carisma é não ter Carisma”, é: "FAZER O BEM SEMPRE" (TS). E o caminho encontrado foi aceitar o convite do Senhor e dizer “Sim a Deus, segundo a Sua Vontade.” Uhau, foi há 25 anos que entrei para o Convento, mas a vida dá voltas e mais voltas e 9 anos depois queria conhecer o mundo e no ano em que devia fazer os Votos Perpétuos sai da Congregação.
            Ah, lembrei-me de outra musica: Vivir mi Vida, Marc Anthony pois queria viver tudo ao mesmo tempo.

Assim fiz: Namorei, mas não pensava em casar;  Convivi com pessoas diferentes (de mim): travestis, gays, lésbicas, prostitutas… mas não me identifiquei com nada, nem com ninguém; Dancei muito – dançar é o meu desporto favorito, dancei muitas vezes até às 7 a. m. ; Trabalhei sempre, às vezes 10 e 12 horas por dia; Estive sempre junto da Família apoiando em tudo o que era preciso; Voltei a estudar: Auxiliar de Geriatria e comecei o Mestrado em Cuidados Paliativos; Reiniciei o Caminho Neocatecumenal. Era Escrava da vida. Não me sentia infeliz, mas “ali” não era o meu lugar, faltava algo especial – o SENTIDO – “ a minha praia”, como dizem os portugueses.
Rezei, gritei com Deus, zanguei-me com Ele, fiz as pazes, implorei… GRITEI. Escrevi uma carta para Deus; e, sempre que escrevo para Ele, algo na minha vida se transforma. Já agora, já viram o filme ou ouviram a música: Cartas para Deus – Vale a pena- não é tempo perdido.
Certo dia, dia de São Martinho de Porres (o meu amigo), depois de um Retiro, cujo texto base foi o de Zaqueu (Lucas 19,1-10) e aquela frase-. “Hoje quero ficar em tua casa” e a outra: “Hoje a salvação chegou a esta casa” – levam-me a perguntar: “Onde é que eu já fui feliz?” No Convento. Então a solução é voltar a ser Irmã e tudo começou a fazer Sentido.
 Foram 2 anos de busca e de encontros: “Quem é Deus para ti?” “Que lugar ocupa Deus na tua vida?” “Quem é Jesus para ti?” “Estás disposta a largar tudo?” “Como?” “Onde?” e aos poucos a Paz e a Serenidade foram enchendo o meu coração, assim como a minha Vida.
Durante o período de discernimento e conversando com 2 monjas, "dei-me conta que só fala das IRMÃS DOMINICANAS DE SANTA CATARINA DE SENA" – como a única “coisa” que me fazia viver EM/COM/PARA Jesus – “O Único objeto do meu amor.”(TS) E Voltei para Casa e com uma Misericórdia infinita fui recebida.
Um big abraço em Cristo Jesus. Paz 
           Irmã Irene O.P. 
Nota: Foi publicado, em Inglês, francês e espanhol - As linguas oficiais da Ordem Dominicana no site do IDYM (Jovens Dominicanos):
http://www.idymop.org/en/index.php?option=com_content&view=article&id=152%3Aday-feast-of-our-father-st-domnic-2017-albania&catid=35%3Anews&Itemid=59

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