Domininismeeting
Entre os dias 23 e 25 de fevereiro, ocorreu a 2ª edição do tão esperado Dominismeeting na Casa dos Frades Dominicanos em Fátima.
As espectativas eram
altas… E residiam essencialmente no reencontrar caras conhecidas e no descobrir
o que este encontro reservava… Por forma a quebrar o gelo ainda existente e a
acabar com a ansiedade que se sentia, realizaram-se alguns jogos tradicionais
de cartas e procedeu-se à apresentação da cada um dos presentes… Assim, foi
possível perceber que muitos vieram na ânsia de reviver as emoções do campo de
trabalho de Estremoz e recuperar as intensas vivências do Dominismeeting do ano
anterior. Seguidamente proporcionou-se um momento de oração de maneira a
serenar e preparar o longo dia que se avizinhava.
Após a chegada de novos elementos ao grupo e de um
pequeno-almoço reforçado, chegara a hora da oração da manhã. Seguiu-se uma
pertinente e interessante palestra (e posterior exposição coletiva de ideias) orientada
pelo Dr. Fernando Nunes Santos àcerca das motivações de todos e de cada um em
particular… “O voluntariado é um ato somente altruísta? Ou poderá ter uma
componente egoísta? Porque somos voluntários? Quais as razões que levam os
jovens a fazerem voluntariado? Que outras opções temos? Teremos sempre de fazer
escolhas? Como é que o passado influencia o presente? E como é que o presente
irá influenciar o nosso futuro? Será que as nossas ações e respetivas intenções
definem quem somos?... Será que o ato de fazer determina o nosso Ser? E quem
somos? ... Quem somos nós aos olhos dos outros? E de nós mesmos?...”…
Desarrumou-se a casa… Com novas perspetivas no horizonte e de estômago cheio, os
dados estavam lançados para o que viria a ser uma tarde bem pesada e dura. Rumou-se
às aldeias remotas de Castanheira de Pêra, que foram atingidas diretamente
pelos grandes incêndios descritos pela comunicação social no verão passado.
Algumas famílias que viveram de perto esta tragédia, abriram não só a porta de
sua casa, mas também dos seus corações… Desabafaram, revoltaram-se, riram e
choraram… E foi a ouvir tais relatos que vislumbrámos o quão grande e pequeno o
ser humano é…, qual a verdadeira importância dos objetos, dos locais, das
pessoas… Saímos de coração apertado e com um sentimento de impotência enorme…
No meio de tantas dúvidas, apenas reinava a certeza de que ainda havia muito a
fazer… Mas o quê?...
Chegados a Fátima, experienciaram-se instantes de
descontração aquando dos ensaios. De seguida, marcou-se presença na vigília das
bodas das Irmãs na Casa de São Domingos… No dia seguinte, participou-se
ativamente na missa das bodas, onde foi visível a alegria das Irmãs.
Fica o desejo de no próximo Dominismissio nos juntarmos todos
novamente para desenvolver esta sementinha que está dentro de cada um de nós e
que deve ser partilhada com o mundo e de até lá continuar “A fazer o bem onde e
quando seja preciso”.
Beatriz Marques
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