Continuar a caminhada

 


Dominismissio 2021

Este ano fui novamente convidada para participar no Dominismissio e desta vez nem cheguei a ponderar faltar. Queria muito ir e por isso se não conseguisse presencialmente iria participar online. Graças a Deus foi possível participar presencialmente.

Inicialmente não sabia bem o que me esperava. Sabia que ia ser desafiante por estarmos em pandemia, mas nem sabia se iriamos estar com crianças ou com idosos (além de estarmos com as irmãs da comunidade de Aveiro).

No primeiro dia estive de manhã a ajudar na cozinha e da parte da tarde fui para o Patronato cantar para os idosos do centro de dia, que vieram para o jardim para haver maior segurança. Não foi possível estar próxima deles nem tocar-lhes ou dar-lhes a mão. Desta vez tínhamos que transmitir proximidade, mesmo tendo que manter alguma distância. Parecia que tínhamos feito tão pouco (apenas cantámos um pouco), mas para eles foi um momento marcante por já não verem caras novas há muito tempo. É gratificante ver como pequenos gestos podem ter um grande impacto na vida das pessoas.

Também tive a oportunidade de estar com crianças. Para mim é mais desafiante porque por vezes temos que pensar rapidamente em alternativas para os entreter. Num dos dias estivemos a fazer maracas, mas rapidamente alguns terminaram e tinham que esperar pelos outros. Era preciso arranjar alguma atividade para os entreter e cansar. Perguntei-lhes se sabiam dançar a dança do pinguim, depois ensinei-os e estive a dançar com eles até que as outras crianças terminassem.

No último dia de missão terminámos com a ida à praia, seguida de missa nessa paróquia. Quando estávamos na praia a irmã Flávia desafiou-me a falar de Teresa de Saldanha no final da missa. Eu tenho algum receio de falar em público, mas aceitei o desafio. Pensei mais ou menos nos tópicos que ia falar para ter o discurso bem preparado. Quando chegou o momento algumas coisas ficaram por dizer, mas sinto que consegui transmitir o essencial.

Sinto que este Dominismissio me ajudou a ter menos medo da etapa que se aproxima. O facto de ser desafiada a sair da minha zona de conforto permitiu-me arriscar e confirmar novamente que há coisas que só conseguimos fazer se confiarmos em Deus e acreditarmos que é Ele quem nos capacita. Neste Dominismissio senti a presença de Deus tanto nas pessoas com quem estive como nas situações que foram acontecendo. Mesmo nos momentos mais difíceis tenho a certeza que Ele estava lá para me abraçar e ajudar a continuar a caminhada.


Ana Sofia das Mercês

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