O olhar, o amor, o regresso e o refugiado
O sair de casa por si só é já uma aventura. Saímos sem saber bem o porquê. Saímos sem saber ao certo o que nos motiva. Saímos sem saber o que levar. Saímos simplesmente porque nos apetece. Mas uma coisa nós levamos: o nosso olhar, e esse, vale o que vale e vale muito. O olhar que por vezes nos engana e nos faz chorar, mas aquele que nos permite vivenciar e amar. Um peregrino, com a capacidade de ver, se estiver disponível a "ver" vê tudo, nada lhe passa ao lado. Vê o bom e o mau, vê a alegria e vê a tristeza, vê o amor e muito amor Nos albergues, a partilha de histórias com aqueles que falam a mesma língua, ver a atitude e os gestos que os peregrinos têm uns para com os outros.... dentro de nós fica um misto de emoções. Se estamos com bolhas e com alguma dificuldade em rebentá-las (como eu), eis que aparece uma Helena (poderia ser uma rapariga qualquer com outro nome, mas esta ficou-me no coração!) e se oferece para nos ajudar. Como sou frágil e há coisas que ainda