Dia do Consagrado

 
Hoje Dia 2 de fevereiro a Igreja celebra, a apresentação do Menino Jesus no Templo, também se comemora o Dia do Consagrado! Por isso partilho uma entrevista realizada por uns jovens de Aveiro  à Ir. Arta.     
      1.      Como contagiar os jovens/ adolescentes a quem dou catequese da plenitude de Deus, isto é, como cativar a acolher a palavra, uma vez, que hoje em dia os jovens/ adolescentes se interessam menos? 
1º Parabéns por seres catequista e desejares anunciar a plenitude de Deus!
2ª Contagias se anunciares Jesus, à maneira de Jesus! A meu ver não se preocupou em converter multidões mas privilegiou o contacto pessoal (Todos e cada um). A vida deles não lhe era indiferente! Usou a linguagem do tempo (ovelhas, campo, banquete, moeda, farinha…) Agora isso não nos diz nada. Qual a linguagem que podes usar?
3º O que me marcou na catequese foi: A Irmã amava-nos com o mesmo amor de Deus que anunciava! Quando nos proibiram ir a catequese ela veio dar catequese na nossa casa. Quando partilhamos as injustiças que as mulheres sofriam na fábrica levou o jipe e nos levou a um senhor que infelizmente não nos ajudou por falta de provas e testemunhas, devido ao medo! Interessou-se por nós com muito respeito e amizade.

        2. Teve medo em continuar cristã mesmo quando no seu país era proibido?
Eu não tive medo por mim, mas pelos pais e tios porque eu não tinha idade para ser presa!

   3.            Como foi viver o comunismo?
O Comunismo teve imensas coisas boas! O pior foi tirarem a liberdade de expressão e não poder viver a fé! De resto davam uma vida mais ou menos digna a todos, optavam pela igualdade e havia muita segurança em muitos aspectos! Hoje também fazem falta alguns aspectos do comunismo! É-nos dada muita liberdade e pouca segurança e esperança no futuro!

Ir. Arta;Ir. Alzira Ferreira; Ir. Isabel (Dominicanas do Rosário); Ir. Rosarinho; Ir.Alzira Marques, Elisete; Ir. Flávia e Ir. Liliana 
4.       Qual o motivo dos seus pais terem vergonha? Como se sentiu quando sentiu que os seus pais tinham vergonha de dizer que a Irmã queria ser freira?
Devido à cultura, era uma contra corrente (anormal). E pelas manchas que acontecem na história da Igreja.
Senti-me triste por causar esse desgosto e de não participarem na minha alegria, mas tinha muita esperança que um dia se alegrassem com a minha escolha e Graças a Deus aconteceu!

    5 .   Como foi lutar contra uma cultura do país de origem e lutar contra tudo em busca da vocação?
Sentia uma força interior muito grande que me ajudava a ir em frente! Tive o apoio que necessitava e quanto mais obstáculos encontrava, mais crescia e se fortalecia o meu desejo de ser toda de Deus! As provações e contrariedades, mas também, as graças recebidas de Deus ajudaram-me! A Minha Irmã mais nova foi um exemplo para mim! Casou contra a vontade de todos com o rapaz muçulmano que a amava e não com aquele com o qual a queriam casar!

    6. A decisão de ser freira é ou não é muito complicada?
É um bocadinho complicada até percebermos com clareza o que queremos para o resto da vida! Tomada a decisão tudo é possível! 

7. Tem saudades do seu país e das coisas que mais gostava de fazer sem ser da vida cristã?
Tenho saudades e para mim é bom sinal, porque eu gosto do meu país e das pessoas que me ajudaram a crescer, da cultura…
Apesar de passar na adolescência e pela fase de ser vaidosa não tenho saudades desse tempo porque a felicidade não se depende do exterior! Tenho saudades de fazer algumas coisas que fazia antes de entrar na vida religiosa, mas me alegro porque faço coisas maiores por mim e pelos outros e que me dão muita alegria! Como diz o Evangelho encontramos o cem por um!
    
         8.      Qual a sua maior reticencia quando decidiu ser freira?
A Maior reticencia e medo foram:  se a família me deixava seguir o meu sonho.

        9.      Alguma vez sentiu um apelo à maternidade? (não só a nível espiritual, amando os outros, mas a nível biológico)

Ir. Teresinha; Madre Geral, Ir. Rita Nicolau; Ir. File; Sr. Bispo de Tirana; Ir. Arta; Ir. Izide; Madre Manuela; Ir. Luisa e Ir. Solange
Sim. Quando era mais nova, como qualquer outra jovem sonhei em casar e ter filhos! E desejava ter 4 filhos 2 rapazes e 2 raparigas! Quando fui à catequese e conheci melhor a Deus e despertou em mim a minha vocação religiosa os sonhos mudaram! Hoje não sinto essa necessidade! 
Porque com Teresa de Saldanha, posso dizer: "Deus colocou no meu coração ambições maiores do que tudo o que possa chamar grande"!






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