Obrigada Espírito Santo
Polónia Santuário Da Divina Misericórdia |
Nestes sete anos em Aveiro os desafios foram tantos... As atividades sucedem-se... Que muitas vezes surge a necessidade do silêncio, da mochila às costas... De fazer como o personagem do livro, "Sr. Bispo, o pároco fugiu"... De olhar e ser olhada pelo Senhor a quem me entreguei, para saber que o Sigo, que me deixo conduzir e não entrei no frenesim de um super ego!
Sábado num jantar dizia, que as duas melhores lições que Aveiro me deu, ou que aprendi nos ultimos anos foi com os jovens, que me ensinaram a delegar neles, a confiar, a estar ao lado, procurar ser misericordiosa, mas exigente, porque a vida é breve e curta... "a ser animadora"! Foram eles, muitos dos que conheci, que me ensinaram o pouco que sei sobre pastoral, ou melhor, que me ensinaram... A escutar mais... A pedir mais o Espírito Santo, a sonhar com eles, a fazer com eles e nunca por eles!
A segunda grande lição, aprendia em casa, com Irmãs que já partiram, no sacramento da santa unção, na hora derradeira, quando se canta a Salvé Rainha e se assiste ao ultimo suspiro... Quando se assistiu à reconciliação com a fragilidade, com a doença, com a vida e fica só a entrega, só a paz... A vida que foge deixa o esgar de um sorriso...
Hoje foi dia de Crismas, o Senhor Bispo na Sé frisou a necessidade de abrir as portas ao Espírito, de se libertar do medo... Confesso que ser catequista, animadora para mim começa a ser algo natural, a paixão que sinto por Cristo, o amor que esse Pai/ Mãe me tem e a força desse Espirito que me conduz... Impele-me a partilhá-Los, porque sei que só um olhar com a Trindade nos eleva, nos dá o sentido da vida verdadeira... E sei que a missão é únicamente ajudar cada um a descobrir esse olhar...
Confesso que tenho muita dificuldade em lidar com as motivações com que algumas pessoas se aproximam dos sacramentos. Com a forma como algumas catequeses são feitas! Com a ausência dos pais, a ou a falta de assiduidade dos catequizandos, que se altera miraculosamente quando apresentamos caminhos, exigência, mas infelizmente a conversão evapora-se com o sacramento! Não vou entrar na problemática das nossas catequeses, que tantas vezes formam ateus... Nem na angustia do devia ter preparado mais Orações, devia... Devia... Porque neste Pentecostes vi chamas de fogo em braços jovens, vi regressar quem andava ausente... Senti a brisa suave afagando o rosto... Vi-O chegar no sorriso da juventude, na inquietude da criança, na serenidade do idoso...
Porque vi, que me conduz pela mão, que me fechou portas, para que eu visse as janelas, porque me deixou experimentar a fraqueza, porque me mostrou, como nos atos dos Apostolos, que é Ele que escolhe, mesmo que seja eu no chat, no telemóvel... Porque me faz como se eu fosse um bebé, que se coloca grades para não ir para os sítios perigos, porque me diz não, para que eu acerte o caminho...
Por isso hoje, entre partilha e oração me fica um obrigada, pois sinto-me tão obrigada, como nos ensinou São Tomás de Aquino, quanto o amor ou o desejo de felicidade nos obriga pelos outros!
Obrigada Espírito Santo!! Boa semana!
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