Mensagens

O meu pai

Imagem
Dedico a todas as pessoas que não têem o melhor pai do mundo,  ou pelo menos, assim se sentem... E quem diz pai, diz mãe...  Dedico também a todos os pais e mães que não são/ou pensam não ser o melhor pai ou a melhor mãe... Igreja de Peniche Em criança lembro-me de ter ido uma vez sozinha com o meu pai à feira e umas 2 vezess ao jardim, ao parque infantil…. Foi algo tão igual às minhas colegas, mas tão raro e por isso tão precioso, que guardo até pormenores do vestido que levava, ou de umas canecas que comprámos. Enquanto as minhas colegas contavam as coisas que faziam ao fim-de-semana com os pais, eu contava do bolo ou um bordado novo que fazia com minha mãe… Ou da missa... O meu pai estava lá… Mas tinha a horta, que o campo não conhece fins-de-semana, ou férias… Eu sabia ter o melhor padrinho (e madrinha) do mundo, recordo-me do meu padrinho, ao contrário do meu pai, se baixar, para falar comigo, ou andar comigo no chão, ou retirar rebuçados do meu nariz! Ah sempre soube que a melh

Entrar e Sair

Imagem
"Deus manifesta a Sua Divina Providência de todas as Maneiras ." Madre Teresa de Saldanha   A vida passa por nós e nós passamos pela vida uns dos outros, deixamos bons e maus odores! Tudo tem um princípio e um fim, há já uns meses que a minha colaboração, à frente da Pastoral Juvenil e Vocacional da Província (IDSCS) terminou, é tempo de fazer balanço! Faz 10 anos, que me pediram para vir para Aveiro, o que seria pacífico, mas o pedido era que assumisse a Pastoral Juvenil Vocacional e Universitária da Província. Qualquer uma delas me assustaria só por si, ainda por cima juntaram as 3! Sinal de esperança para mim era a Irmã que estava à frente da equipa, mas passados uns 2 anos, essa Irmã precisou sair da equipa! Por muito que as pessoas acreditassem nas capacidades que não tinha, foi com medo e algumas lágrimas que entrei em Aveiro. Como realizar este trabalho sem conhecer jovens ou adolescentes? Como entrar no meio académico sem estar a fazer alguma formação, num estabe

A Cegueira!

Imagem
  Quando falamos ou pensamos em pessoas cegas, imediatamente,   nos   vem à   mente a imagem de uma pessoa sofrida, rosto sem luz , que tenta abarcar o real através de sons, ruídos e toque. Para tentarmos descobrir o mundo da pessoa cega tentemos a experiência de apagar luzes, fechar janelas   e deslocarmo-nos   por alguns percursos, que previamente conhecemos e, rapidamente,   nos deslumbraremos da capacidade de resiliência   e coragem das pessoas cegas que arriscam viver de maneira normal, num mundo iluminado em situação de trevas. Ocorre-me relatar uma experiência vivida por uma pessoa   que se especializou em técnicas de locomoção para treinar a mobilidade de pessoas invisuais. O exercício começou no terraço, do centro de reabilitação, no qual existia um exaustor de grandes dimensões e com bastante ruído. O referido aprendiz conhecia perfeitamente o local e sabia qual a localização exacta do exaustor. Quando se viu de olhos vendados e bengala na mão,     não   conseguiu fazer o p

Em casa fora de casa

Imagem
  Desde agosto de 2021 que parti numa nova aventura, a aventura de ir estudar para fora do país. Tudo começou em dezembro de 2020 quando tinha acabado de começar a estagiar e estava já a planear o meu próximo passo de modo que ao acabar o estágio pudesse continuar os meus estudos. Desde sempre que imaginei o meu percurso académico em Portugal, mas ao pesquisar por mestrados, descobri que havia um mundo de possibilidades que não estava a considerar e quando vi o curso de International Business na Finlândia, decidi arriscar. Arrisquei com a coragem de quem queria conhecer novas realidades, mas com confiança nula de poder ser considerada. No entanto, entrei. Entrei num curso com o qual me revia a 100%, mas e agora? Como é que é suposto mudar-me para uma pequena cidade num país no outro canto da Europa durante 2 anos? Este foi um momento de grande entusiasmo, saber que ia explorar uma nova cultura e que ia conhecer novas pessoas, e este entusiasmo durou meses, mas nos 2 dias antes de

Felizes, Bem-aventurados...

Imagem
O tema deste domingo (Lc 6, 17.20-26) é as "bem-aventuranças", para mim um dos textos mais difíceis, mas que desenha a receita da felicidade! Deixo-vos aqui três testemunhos sobre a vida consagrada, porque somos chamados "a viver a fraternidade de forma universal" [1] . A nossa profissão ninca será a enfermagem ou o ensino, a nossa profissão é a da fraternidade! A amar com o coração de Jesus, como Catarina de Sena ou como nos diz a Magda, ter um coração onde cabem todos! Religiosos ou leigos somos chamados a viver a radicalidade deste texto. “Não fazemos o bem para irmos para o céu, estamos neste mundo para fazer o bem, porque o bem precisa de ser feito" Frei Filipe, op  Bom domingo, 13 de fevereiro de 2022  Mariana Castro, na sua doçura                                                        Magda Costa, professora                                             P. Leonel Abrantes, Director do DPJAveiro COD Aveiro e CUFC                                     

Dominismeeting: O reencontro?

Imagem
                                                              Olá! Estás farto/a destes tempos loucos e o que mais queres é fazer algo diferente? Nada temas porque nós temos a solução perfeita para ti! Se tens entre 15 e 30 anos e estás livre entre os dias 18 e 20 de fevereiro vem até Fátima. Desafia outros a aceitarem também este convite e não deixes esta oportunidade escapar! Nós vamos e tu? Lembra-te cada atividade é unica e irrepetível!   https://docs.google.com/forms/d/1k86Ab4jaWjvVh97DN7iyvU0OUwWOU5-C8IuVs5z9vk4/edit (PJVIDSCS)

Foi o dia sete....

Imagem
  No dia 07-12-2021, eu cheguei em Portugal com a Ir. do Céu pelas 19:15. Parecia-me que vinha a dormir. Não sentia nada. Nem o frio me assustou. Três dias depois é que eu senti que estava noutro país. Pensei que estava a sonhar, então palpei a cara, bati os pés no chão, para ver se eu acordava. Mas, eu não estava a dormir, nem estava a sonhar. Aquilo era a verdade. A partir daí, senti-me completamente vazia. Comecei a pensar para trás. E lembrei-me de todo o percurso que fiz. Depois de lembrar tudo isso, vi que eu tinha de começar tudo no zero. Vim de Timor que é um país muito pequeno e muito jovem, cheguei aqui em Portugal que é um País grande e muito desenvolvido, eu fiquei sem palavras. Peguei num caderno, comecei a desenhar a minha vida comparando com uma árvore. Lembrei-me de que eu era uma sementinha que brotou e que começou a dar primeiras folhas, as raízes começaram a afundar na terra, mas depois fui arrancada no meu lugar para ser transplantada noutro lugar. Por isso, senti