Domingo de Pentecostes!


Jo 20,22 “«A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo"
Nestes últimos anos o Domingo de Pentecostes marcou algum ritmo na minha vida, por acompanhar grupos de preparação para o Crisma, só a pandemia alterou  este ritmo. O ano passado, tal como no ultimo ano tudo tem de ser diferente, o Sacramento será celebrado em pequenos grupos e em datas ajustadas caso a caso. Confesso que vê-los receber o Sacramento do Crisma me provoca sentimentos  contraditórios. Chego aos Crismas, geralmente, com um misto de emoções: Alivío e felicidade pelo precurso feito, alguma tristeza pelo fosco do meu testemunho e alguma desilusão, quando prevalece o querer receber o Sacramento para terminar uma etapa e não o estar desejosa/o de Deus "como a terra sequiosa de água".
Sei que há aqui alguma pretenção da minha parte, sei que só descobri bem o Espírito Santo já no Convento, mas sei que fui crismada no desejo que o Espírito me ajudasse no caminho de conversão. Temo sempre ser a porta de saída a Igreja, em vez de testemunho de Jesus! Alegra-me que Jesus envia, não pede contas da missão! Hoje é dia de me questionar... De perceber que dons preciso? 
Não vou fazer mais comentários, assumi a frase usada hoje pelo sacerdote, na missa da manhã: "Nós queremos deixar-nos molhar pelo Espirito Santo". Que desejemos este encontro, esta água, que ao contrário da pedra, nos deixemos enchacar, porque o Espírito Santo respeita a natureza, mas é força que nos desinstala e nos vira ao contrário. 
Termino com algumas quadras da Sequência que rezamos na missa, porque, hoje é dia, de implorar

Vinde, ó santo Espírito,
vinde, Amor ardente,
acendei na terra
vossa luz fulgente.

Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.

Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.

(...)Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.

Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.

Vossos sete dons
concedei à alma
do que em Vós confia:

Virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.

Pela equipa, Ir. Flávia Lourenço, op

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