Caminhada de Advento 2021 - Domingo II - dezembro 5, 2021

Diocese do Crato

Segundo Domingo do Advento, da maneira que o tempo passa rápido, qualquer dia já é Natal. E depois vem o stress dos presentes ou compras que nos esquecemos, da preparação da ceia, e no final, se fisicamente nos sentimos saciados e cheios, por vezes, noto que ao Menino dei o tempo estipulado nas celebrações liturgicas, mas não o olhei com ternura ou prazer… Não parei ao pé de Jesus ou a esperar Jesus, simplesmente, porque Sim. Simplesmente porque me ama e O amo e quero amar a Ele e Nele aos que coloca na minha vida!

Porque amar é muito mais do que cumprir um protocolo… Amar é parar, acolher, olhar só porque Sim, ou só porque isso dá sentido à minha vida, porque me aquece o coração, me relaxa e me dá paz! A maioria de nós sente a necessidade de parar, de meditar, de cumprir qualquer ritual que alivie o stress e lhe dê PAZ e tantas vezes os cristãos, ou melhor, eu esqueço que se levarmos Deus a sério, isso seriam os frutos do Espírito Santo na nossa vida.

O Evangelho de hoje ao enunciar os pequenos sinais da natureza, a reposição da justiça, aplanado uns e elevendo outros; este apelo à mudança, que anuncia a vinda do Messias; a possibilidade de transformação, que isso implica, é muito atual neste século. Se Jesus e o sentido do Natal hoje concorrem com o marketing e com o objetivo brutal das vendas e do lucro de meia dúzia, também é verdade que esta atenção ao ambiente e ao que nos rodeia, não é só o mote dos jovens ou da Greta Thunberg, mas é desde o início do seu pontificado o apelo constante do Papa.

Se as palavras propostas para a caminhada desta semana são: amor, caridade e serviço fruto do versiculo de Jo 13, 35 (“Nisto conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.”) E estão muito bem fundamentadas em excertos de textos da Madre Teresa de Saldanha, a verdade é que também se inserem na liturgia deste Domingo e desta semana. O ardor de São João Batista que prega o arrependidmento e a conversão resulta do amor a Deus e do amor de Deus à humanidade. Já em São Paulo, na segunda carta aos filipenses, ( II Filip 1, 4-6.8-11), “Por isso Lhe peço que a vossa caridade cresça cada vez mais em ciência e discernimento, para que possais distinguir o que é melhor.”  Também Teresa de Saldanha especifica a vivência da caridade, e “é seu dever nunca recusar exercer a caridade e o serviço praticado de forma altuísta, mas como resultado e objeto do amor. A conversão é o deixar de ter momentos de oração, ou uma tarde de voluntariado, mas que isso se faça, mas sobretudo, se torne vida, quotidiano!

Para mim seria uma missão impossível sem a ajuda de Deus.


Ir. Flávia Lourenço, op

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