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Ganhar ou perder tudo?[1]

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  Da necessidade da aposta (97-113) [2]                                   Blaise Pascal   A fé é vivido e apresentado de muitas e tão diversas formas: Como um combate, como uma busca fadigosa, como um jogo de corrida no estádio…   Pascal, aqui,   apresenta como jogo da aposta , que ou ganho ou perco . De alto risco e de alto ganho. E como é próprio do jogo, dou o pouco que tenho para ganhar o muito. A imortalidade da alma, um assunto que a todos interessa mas uns buscam com todas as forças instruir-se e outros nem sequer procuram pensar nisso. A negligência das pessoas que não se interessam pelas questões fundamentais da vida como a sua eternidade e o seu todo , torna-se irritante para o autor. Isto é um interesse humano e de amor-próprio da pessoa humana, não é uma devoção espiritual. Perante a morte que ameaça o ser humano a cada instante, o homem deve se questionar se será eternamente condenado ou eternamente feliz.   Eis o que está em jogo: Cair no nada ou cair nas mãos

Família

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Evangelho de Marcos 3,20-35 Este Evangelho sempre mexeu muito comigo, já me indignou, quando sabia muito, sabia tanto que até considerava grosseira a forma como Jesus reage à chegada da sua mãe. Já me provocou alguma diversão quando o usam para me apontar o errado do cristianismo no culto a Maria. Hoje gosto muito dele e cada vez mais procuro lê-lo e meditá-lo "descalça"! Descalça da minha sabedoria, da minha interpretação, dos meus conceitos de certo e errado, até da minha noção de família ou de Igreja. Hoje ao ler um artigo,  que falava de   Dietrich Bonhoeffer , ficou na minha cabeça, o facto dos condenados em Auschwitz irem nus para a forca, tal como o retirar e sortear a túnica de Cristo antes da crucificação. Tal como hoje em muitos países, regimes opressores que veêm o condenado, o preso como um objeto e do qual se aproveitava tudo, roupas, cabelos etc... E desta forma desumanizando retirava-se toda a dignidade, contudo entendo a surpresa que provocaram homens e mulh

Santíssima Trindade

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 EVANGELHO Mt 28, 16-20 «Baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» Convento dos Cardais  Terminou o tempo Pascal, mas ainda há um "Mistério" para celebrar, a Santíssima Trindade, o mistério deste Deus que é familia e em que cada um ama cada e é amado! E este Deus em três pessoas em que cada uma nos ama, na sua singularidade e quer ser amada por nós!  Hoje procuro nos grupos que apoio, ajudar cada um a fazer esta descoberta do Deus que é familia! Confesso que quer como catequizanda, quer como catequista, nunca entendj muito bem este mistério, enquanto jovem, apesar de  ter a noção que falamos de uma realidade inexplicável para nós! Contudo, houve um dia, já no convento, em que em Oração esta questão serenou em mim, percebi que há realidade que se entendem só com o coração! Depois a Teologia espiritual ajudou-me a conhecer e a relacionar-me com cada uma das figuras da Trindade! E só o amor absoluto nos pode enviar, este Deus que é amor e nos criou à sua semel

Domingo de Pentecostes!

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Jo 20,22 “«A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo" Nestes últimos anos o Domingo de Pentecostes marcou algum ritmo na minha vida, por acompanhar grupos de preparação para o Crisma, só a pandemia alterou  este ritmo. O ano passado, tal como no ultimo ano tudo tem de ser diferente, o Sacramento será celebrado em pequenos grupos e em datas ajustadas caso a caso. Confesso que vê-los receber o Sacramento do Crisma me provoca sentimentos  contraditórios. Chego aos Crismas, geralmente, com um misto de emoções: Alivío e felicidade pelo precurso feito, alguma tristeza pelo fosco do meu testemunho e alguma desilusão, quando prevalece o querer receber o Sacramento para terminar uma etapa e não o estar desejosa/o de Deus "como a terra sequiosa de água". Sei que há aqui alguma pretenção da minha parte, sei que só descobri bem o Espírito Santo já no Convento, mas sei que fui cr

Família...

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O DIA INTERNACIONAL DAS FAMÍLIAS comemora-se, desde 1993, a 15 de maio. De acordo com a ONU, esta data anual serve para reflectirmos na importância que todos e cada um de nós em particular atribui à sua família. Tradicionalmente, família refere-se a um conjunto de pessoas com ligações biológicas, ancestrais, legais e/ou afetivas, que constituem uma das unidades básicas da sociedade. Consequentemente, representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras instituições.  Apesar de o próprio conceito de família se alterar mediante o espaço e o tempo em que se insere, existem certos pressupostos que tendem a manter-se inalterados. Esse lar e refúgio (mesmo em adversidades) deve ser preservado e valorizado pois independentemente de tudo…. E para ti... O que é família?

Carta a Santa Joana

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Querida Santa Joana: Creio que é a terceira vez que te escrevo, a primeira foi também neste dia, mas no ano em que cheguei a Aveiro, é terceira vez, que fui enviada a esta cidade, desta vez, já cá estou cerca de uma dezena de anos. Lembro-me na despedida de Aveiro de D. António Francisco dos Santos, dele dizer que saía de Aveiro aveirense e teu devoto e no meu coração, entendi perfeitamente estas palavras, pois traduzia o que sentia. Como tu sabes a liturgia marca de tal modo a vida, que comecei a viver o teu dia ontem, não quando rezei vésperas, pois estive em viagem e não o fiz em comunidade, mas quando finalmente cheguei a casa, depois das atividades do CUFC e de me ver envolvida na loucura das festas sposrtinguistas! Confesso que me senti muito alegre com a vitória do clube, mas assustada com a loucura de quem esqueceu a sua segurança, a dos outros e a época de pandemia. Cheguei cansada, mas ao passar a tua estátua ainda pensei, que acharias de tudo aquilo? E ao terminar o dia, sem

VI Domingo de Páscoa - Amai-vos uns aos outros - maio 09, 2021

EVANGELHO Jo 15, 9-17 «Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos» O Evangelho de hoje fala-nos de amor, e li algumas reflexões belíssimas, que entendi, que gostei... É um texto denso, que complementa o Evangelho do domingo passado, permite várias abordagens e reflexões... Mas ao procurar escrever... O tempo arrasta-se e o texto não nasce...  Sinto a impotência de falar do amor de Deus! O mandamento "amai-vos", implica a indicação do caminho da felicidade... Implica o que nos é inato, nos realiza, mas no meio dos nossos egoísmos e necessidades continuamos errantes centrados em nós, olhamos a cruz. pregamos o seu amor, mas não o acrediatamos, de forma que nos revire, nos molhe... Nos converta... continuamos com um pé centrado em nós!  Que saibaimos parar, que saibamos calar... Que a nossa fé seja em ti Jesus, que nos deixemos amar e libertar de medos e preconceitos, que saibamos:  RESERVAI TEMPO   Reservai tempo para brincar, é o segredo da eterna juve