Diário de um Peregrino: Parte I

- junho 15, 2016

Há vários tipos de peregrinação.

Há quem se dirija para determinados locais de culto de transportes públicos ou particulares (carro, mota, bicicleta....) ou simplesmente, a pé.

No passado fim-de-semana, entre 9 e 12 de junho, duas "personagens" decidem colocar mochila às costas e partir rumo a Santiago de Compostela. Pelo Caminho Português, e com as devidas mochilas preparadas, as "personagens" partem para a aventura, seguindo as setas ou vieiras amarelas.


Foto de Carla Taveira, 2014

1ª Etapa: Valença - Porriño (20 km) -> o aquecimento!

Sem ficarem em terra, as duas peregrinas partiram no comboio de Aveiro para Porto Campnhã às 06.48h. Já no Porto, o comboio internacional sai da estação às 08.15h (rumo para estas peregrinas) a Valença do Minho.

As peregrinas chegam a Valença às 09.51h e....fizeram-se ao Caminho.

Algumas fotos foram surgindo, pois a paisagem é fantástica e a passagem por cima do Rio Minho ditar-nos-ia a entrada em território espanhol.

Primeira paragem: Catedral de Tui -> para comprar as credênciais e fazer uma oração, o que não se verificou, pois o "Bom dia" recebido foi: têm de pagar para visitar a Catedral!

Pronto, visto que não pretendíamos visitar a Catedral, fizemos a oração à porta da Igreja de São Domingos (que é ligeiramente mais à frente).

Ao chegarmos a Porriño, por volta das 15.46h (hora espanhola, menos 1h em Portugal continental), decidimos ir para o Albergue onde iriamos pernoitar. Sem sabermos ao certo onde ficava o albergue, decidimos pedir ajuda. Quem nos ajudou, como não nos conseguiu explicar a localização do mesmo decide oferecer boleia, ao que educadamente aceitamos. Ficamos perto do Albergue e entre agradecimentos e saída rápida do automóvel, eis que uma das peregrinas deixa a máquina fotográfica no carro.

"Boa! sem fotos o resto da peregrinação. Começo mesmo bem!", disse a peregrina que abandonou a máquina. A amiga, para acalmar a queixosa disse:"Tranquila, a máquina ainda vai ganhar pernas e aparecer ao albergue." (Pois, como se fosse possível uma máquina ganhar pernas!!!)

Já no albergue, depois do banho seguiu-se a avaliação aos pés (ver se haviam bolhas), almoço, descanso, visitar o local e tirar fotos (se houvesse máquina!!!!).