Diário de um Peregrino: Parte II

1ª Etapa: Valença - Porriño (continuação)

Ao longo da primeira etapa do Caminho, as peregrinas iam conversando e trocando algumas ideias sobre os mais diversos temas/assuntos.

Excerto de uma das conversas:
Peregrina A:
- Ah, olha ovelhas!
- Ah, olha um parque!

Peregrina B:
- Ah, olha um sitío para me deitar

Já em Porriño (e sem máquina ), decidiram explorar a zona. Sem saber ao certo a que horas eram as eucaristias em Porriño, sairam do albergue e foram para a zona centro, pois foi a informação que receberam do senhor do albergue. 
Para não andarem metros a mais, decidiram perguntar a um senhor que passava na rua. As peregrinas ficaram sem perceber se o homem era português ou espanhol, pois o mesmo começou a dar infrmações em espanhol e acabou em português. Será que este senhor é porteguenhol???  

Já no centro, foram a duas igrejas, que tinham tanta gente, mas tanta tanta gente para a eucaristia, que nem povo. As igrejas estavam vazias, a eucaristia era mais tarde uma hora. Decidiram então voltar ao albergue para descansar. Enquanto regressavam ao albergue, viram um dos muitos bares com o nome "Barraca", ao qual as peregrinas se começaram a rir, pois dias antes tinham sido chamadas de "Barraqueiras"!

Já no albergue, as peregrinas, entre o beliche e o sofá decidiram recuperar algumas energias. 
Pelo menos, a peregrina que estava no sofá entrou em meditação profunda, e.... no final de um sono merecido, ainda a "acordar" (pois a posição no sofá não era das melhores) eis que o senhor do albergue estava acompanhado de um outro senhor, e nas mãos deste, a dita máquina fotográfica!!!

Afinal a dita cuja ganhou mesmo pernas Segundo o senhor que nos trouxe a máquina, "Era uma pena perder as recordações importantes." E tinha toda a razão! Ainda a abrir os olhos, a peregrina só conseguia dizer: "Obrigada, obrigada. Muito obrigada. Gracias, muchas gracias." Por momentos, a peregrina pensou que estava a sonhar, mas não. A máquina estava ali, bem à sua frente. Não era sonho, era real.
Bem aja a esta família que se disponibilizaram a dar boleia e a devolver o objeto perdido. Bem ajam!
Na oração da noite este casal esteve presente, pois de alguma maneira alteraram as suas vidas para dar boleia e depois ir ao albergue. 

Algures na ponte sobre o Rio Minho

Ponte em direção ao Albergue de Porriño





















Em Tui, perto da Catedral

Ainda em Portugal, Valença (a selfie que possibilitou o encontro com a máquina)!

A saga continua....
Bom Caminho  
NF
p.s. louvada a hora em que decidimos tirar a selfie!

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