Uma alentejana no Alentejo

Sou a Maria tenho 17 anos e sou de Évora. Quando recebi a notícia que o Dominismissio este ano seria no Alandroal , sendo eu alentejana, fiquei muito feliz. E a verdade é que apesar de me sentir “em casa” deparei me com uma realidade muito diferente da que estou habituada.  A população do Alandroal precisava, mais do que nunca, de alegria, conforto e carinho.

No primeiro dia de missão estive nos bairros onde fomos batendo de porta em porta, cantarolando pelas ruas, procurando sempre perceber como podíamos ser semente. Se por vezes as pessoas precisavam que as ouvíssemos, que as confortássemos, também por vezes apenas precisavam da nossa oração. E apesar de nem sempre nos abrirem as suas portas, os corações dos habitantes desta terra foram acabando por se abrir.
Estive também em dois lares onde procurámos ser rosto de Cristo levando alegria e esperança através das músicas, dos passeios, das danças e também das eucaristias. Fui passando por muitas pessoas diferentes nos lares, e tenho a certeza que todas tocaram no meu coração à sua maneira e todas elas me deram mais do que alguma vez fui capaz de lhes dar. E, no final de contas, também é esta a magia do Dominismissio, saímos sempre com a sensação de que recebemos mais do que damos.
Tive a oportunidade de estar pela primeira vez num centro de acolhimento temporário de crianças. E, apesar de nem sempre ter sido fácil, tentámos trazer aquelas crianças carinho, conforto e aconchego.

A hora da despedida custa sempre, especialmente depois de uma semana tão intensa. Porém, saí de coração cheio. Levo comigo todos aqueles por quem passei e que, talvez sem terem reparado, fizeram diferença na minha vida.

Este foi o meu 2º Dominismissio e continuo sem palavras suficientes para descrever tudo aquilo que senti.
Agradeço a Deus o dom desta experiência e o dom da vida de todos por quem passei.

Maria Sabino

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