Já licenciada
Parece que foi ontem que soube a notícia de que tinha entrado em Leiria no curso de enfermagem, mas na verdade já passaram 4 anos.
Quando olho para trás
vejo a quantidade de coisas boas que Deus me foi concedendo. Lembro-me do medo
que tinha de viver com alguém que não conhecia, de não ter tempo ou de não ter
capacidades para acabar o curso em 4 anos. Mas, tive a graça de ficar a viver
perto da escola com uma amiga e de conseguir ter tempo para tudo. No início do
primeiro ano uma das professoras pediu-nos para escrevermos uma carta para nós
próprios para a lermos no final do semestre. A professora guardou as cartas e
devolveu-as no final do semestre para lermos o que tínhamos escrito. Quando a
escrevi pensava que teria mais dificuldades e que não iria conseguir passar a
tudo à primeira, mas graças a Deus tive a alegria de não deixar nenhuma
disciplina para trás e não precisar de fazer nenhum exame.
Na altura em que vim para
a universidade disseram-me que devia haver pastoral universitária em Leiria,
mas eu estive a pesquisar e não encontrava nada. Por intermédio de uma amiga
tive conhecimento de que ia haver a bênção do caloiro e estavam a haver ensaios
organizados por essa pastoral. No final da bênção distribuíram-nos folhetos com
as atividades que iam haver ao longo do ano. Percebi que não tinha
possibilidades de ir a algumas delas, mas tentei aproveitar sempre que pude.
Foram sempre momentos de oração que ajudaram a parar e a encontrar-me com Deus.
Nestas atividades conheci alguns jovens que como eu sabem que a vida é
diferente quando temos a noção que Deus faz parte dela.
Quando tinha
disponibilidade também ia à missa durante a semana, no entanto era raro ir mais
do que uma vez por semana. No início do terceiro ano fizeram-me a proposta de
rezar laudes com as irmãs Dominicanas que estão em Leiria. Eu tinha percebido
que iam rezar às 7:30h, então no primeiro dia que tive disponibilidade fui um
pouco mais cedo para tentar descobrir onde era a casa das irmãs. Infelizmente
não a encontrei, então decidi ir à missa à Sé (às 8h). Na missa estavam 2 ou 3
irmãs Dominicanas, então no final fui ter com uma delas e disse-lhe que gostava
de ter ido rezar com elas de manhã, mas não tinha encontrado a casa. Ela
sorriu-me e disse-me que naquele dia iam rezar mais tarde e ensinou-me o
caminho até à casa delas. A partir desse dia comecei a rezar com elas sempre
que tinha disponibilidade.
Este último ano foi
praticamente só estágios (os que ficaram por fazer do ano passado por causa da
pandemia e os deste ano). Estive em vários sítios do país e a maioria deles
longe de casa. Foi uma oportunidade de me desinstalar e de explorar as minhas
capacidades de adaptação. Quando
descobria onde iria ser o estágio seguinte, inicialmente tinha receio de não me
adaptar ao sítio onde ia viver ou mesmo ao serviço onde iria estagiar. Nem
sempre foi fácil esta adaptação. Por vezes foi mais demorada, mas graças a Deus
tive sempre pessoas que me apoiaram e me ajudaram nos momentos mais difíceis.
Ano Sofia das Mercês; (enfermeira)
Gostamos de ler o teu comentario bonito bjs da ir. isabel e da Ir Fernanda
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