A propósito do dia internacional da Mulher….


Sobre Entrega….Presença….Amor….
Hoje escrevo sobre sete mulheres que marcaram profundamente o meu ano de 2019 e que me inspiram.
Alzira, Conceição, Fátima, Flávia, Manuela, Maria da Encarnação e Teresa de Saldanha.
Sete Irmãs dominicanas da ordem de Santa Catarina de Sena que dedicaram e dedicam a sua vida a fazer o bem SEMPRE, a ajudar, a cuidar e a proteger.
No ano passado a Ir. Flávia Lourenço, Alentejana de Gema, natural de Reguengos de Monsaraz, que conheci por acaso no Centro Universitário de Fé e Cultura da Universidade de Aveiro, convidou-me para integrar o grupo de voluntariado Teresa de Saldanha (VTS). Inicialmente apresentou-me a obra desenvolvida pela Madre Fundadora, incluiu-me nos projetos em curso, deu-me a conhecer a família dominicana e mais tarde desafiou-me a sair da minha zona de conforto e a ir em “Missão”.  
Instalaram-se as questões: “Missão? O que é ir em Missão? Que desafio é este?”
Apenas uma certeza quero estar presente, aprender e se possível ajudar. Tenho medo, tenho receio, não sei se vou conseguir ser útil mas vou. Aceito!
Hoje ainda não vos consigo dar definições. E neste pequeno texto quero apenas relatar um pouco do que vi, vivi e senti durante o período em que me foi dada a oportunidade de estar na casa da Sagrada Família na Guarda.
Na Casa da Sagrada Família conheci cinco mulheres muito diferentes com um objetivo comum cuidar, educar, preparar, proteger e defender meninas e adolescentes guerreiras que chegam com histórias de vida onde, infelizmente, o “cor de rosa” nem sempre esteve presente.

Alzira, Conceição, Fátima, Manuela e Maria da Encarnação, na simplicidade, dão amor, atenção, colo, carinho, mimo e alguns ralhetes. Ensinam a partilhar, a cozinhar, a costurar, a desenhar, a estar e a ser.
Planificam e executam atividades dentro e fora da casa onde reina a diversão e a aquisição de mais valores.
Devolvem sorrisos, sonhos e abraçam forte quando os pesadelos chegam.
Asseguram, sem desarmar, a continuidade da obra da Madre Teresa de Saldanha.
E eu diverti-me muito com as miúdas, com elas ri, pulei, joguei, dancei, cantei, nadei, fiz trabalhos manuais, emocionei-me.
Não faltaram abraços, colo e atenção.

Recebi tanto e dei tão pouco.
Grata às Irmãs pelo carinho, pelos ensinamentos, pelo desafio. Dilataram o meu coração.
Às meninas:     “Ninguém te ensinou
Mas no fundo tu sentes
Asas para voar
Nem que o céu se tolde
E as nuvens te impeçam
Tu não vais parar
Voa bem mais alto,
Livre sem alforge,
Sem prata, nem ouro,
Amando este mundo,
Esta vida que é campo,
Que esconde um tesouro ♡ 💗
                                                                                                                      Carla Santos

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