Entre São Francisco e Santa Catarina
«Nunca lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’? Por isso vos digo: Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos». Mt 21, 33-43
Hoje é dia 4 de outubro, dia de São Francisco de Assis, que para nós Dominicanos é considerada festa, apesar de hoje ao Domingo não se celebrar por ser o dia do Senhor. É tradição os dominicanos e os franciscanos celebrar a festa do fundador da outra Ordem, outro costume écolocar São Francisco à direita no altar, numa Igreja Dominicana e, vice versa, são pequenos símbolos, mas que pretendem lembrar que os Santos se complementam, mas que rivalidades e contendas não é o caminho de Deus, logo, nem dos Santos Fundadores.
Por coincidência há cinquenta anos, foi no dia de São Francisco que Catarina foi proclamada Doutora da Igreja. Que significado tem este título?
Doutor@ da Igreja - é alguém que pelos seus escritos fez progredir a doutrina na
Igreja.
- Além dos escritos teve uma vida de santidade que pode ser proposta como modelo.
- Durante muitos séculos só existiram doutores da Igreja: Stº Agostinho, Stº Alberto, Stº António, S. Tomás de Aquino…
- Edith Stein e Teresa do Menino Jesus também entraram
nesse catálogo com João Paulo II.
Trata-se de uma honra rara - há apenas 35 Doctores Ecclesiæ, atribuída apenas a título póstumo e após a
canonização.
Catarina, a leiga
dominicana, é reconhecida como doutora da Igreja por ser:
v Santa: contemplativa e mística;
pela caridade para com os pobres; mensageira de paz; trabalhar pela justiça
v Amor à Igreja
v Pelos seus escritos.
Apesar de São Francisco hoje ser reconhecido, pela pobreza, pela harmonia com a Criação, sabemos que tal como o "seu Senhor" foi muito rejeitado, humilhado até pela família. Também Catarina uma mulher muito à frente da sua época, ignorou o desprezo do mundo, preferiu "andar sem capa, do que sem caridade"! Ambos são exemplo da prática deste Evangelho do XXVII Domingo do tempo comum. Que saibamos dar a Deus o que lhe pertence, na certeza de que Ele nos ama!
Ir. Flávia Lourenço, op
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