"Cada Dominismissio é único e irrepetível"

Sou a Inês Costa, tenho 17 anos e este é o meu segundo Dominismissio. Apesar de já ter ido ao Dominismissio o ano passado, não sabia bem o que esperar este ano, pois, como as irmãs dizem, cada Dominismissio é único e irrepetível.
Aproveitamos o primeiro dia para conhecermos o grupo com quem íamos partilhar esta semana de missão, no segundo dia fui ao Lar Novo da Misericórdia do Alandroal, onde estavam apenas 12 idosas, algumas mais entusiasmadas com a nossa presença que outras, contudo, ao fim de uma semana de missão, acabamos por recolher os frutos das sementes que plantamos e a alegria de todas era imensa com um simples jogo do balão ou de cartas.
Além do Lar Novo também estive na APIT (associação de proteção aos idosos, freguesia de Terena), onde a receção e a animação era completamente diferente, aqui ficavam tão felizes com o cantar de uma música que transmitia um sentimento de alegria e de festa imensa para eles. Cada vez que parávamos de cantar já estavam a perguntar qual era a próxima música, cantavam e dançavam imenso apesar de todos os seus problemas e dificuldades. Contudo, havia também os idosos que estavam acamados e, como tal, também lhes levamos um bocado da nossa festa e alegria até lhes pormos um sorriso na cara.
A missão nos lares é importante, mas parecendo que não também as crianças precisam de nós. No penúltimo dia fui ao centro de acolhimento temporário de crianças, onde havia a necessidade de dar imenso carinho a todas aquelas crianças. Todas elas com histórias e necessidades diferentes, mas com uma coisa em comum: precisavam de nós, da nossa atenção e sobretudo do nosso amor.

Para além da missão nos lares, creche e no centro de acolhimento temporário de crianças, íamos também aos bairros, pois o Alandroal é uma terra onde a solidão dos idosos, que vivem isolados nas suas casas é muita, ou por terem uma mobilidade reduzida ou apenas por estarem cansados e não quererem sair de casa, mesmo sem terem visitas, daí a importância da missão nos bairros, onde, para além de cantarmos para eles, animá-los um bocado, ficávamos a conversar, aproveitando a incrível hospitalidade deste povo alentejano. Além disso, ainda levámos a missa até eles, daqueles que não têm a possibilidade de ir à missa devido à distância que fica de suas casas, chegando mesmo a realizar a missa no quintal de uma senhora, que o pôs à nossa disposição.
Assim terminou mais um Dominismissio, com a vontade imensa de ter outro Dominismissio único e irrepetível. No coração fica a saudade, a vontade de voltar, mas sobretudo o amor que semeamos e recolhemos nesta semana de missão.
Inês Costa, 17 anos

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