Dominismissio

Foto de Carla Taveira “Quando se ama verdadeiramente    nenhum sacrifício é considerado  de mais,     tudo se faz  pelo objeto amado” Teresa de Saldanha                                     “Que Maria vele por mim                                              e me dê paciência e resignação                                              em todas as coisas,                                              para fazer                                              a Santa Vontade de Deus”                                                   Teresa de Saldanha

São Pedro (Igreja da Misericórdia - Pedrogão grande) A 29 de Junho com os populares matros enfeitados nos bairros, ou arraiais maiores ou menores, por todo o Portugal celebra-se São Pedro, que culmina as chamadas "Festas Populares"; com a sardinha, a febra o caldo verde e o arroz doce, tudo bem regado conforme os gostos!  Só a nível litúrgico temos a noção, que a Igreja celebra também Sâo Paulo, menos popular, entre nós portugueses.  As leituras da missa oscilam entre São Pedro e São Paulo, detive-me na primeira leitura dos Atos  dos Apóstolos:  "Naqueles dias,o rei Herodes começou a perseguir alguns membros da Igreja.  Mandou matar à espada Tiago, irmão de João,  e, vendo que tal procedimento agradava aos judeus, mandou prender também Pedro (...)  e meter na cadeia, entregando-o à guarda  de quatro piquetes de quatro soldados cada um, (...)  Enquanto Pedro era guardado na prisão,  a Igreja orava instantemente a Deus por ele . Na noite anterior ao dia em que Herodes pens

Madre São João de Brito, um olhar vivo e perspicaz... Uma Senhora, a atenção aos pormenores, à delicadeza, simpática... Alguém que me é difícil traduzir em palavras. Superiora Geral da Congregação, trazia no coração cada província, cada comunidade, cada obra.. Hoje fechou-se um livro, ou melhor uma enciclopédia..  Bem haja, Madre São João! O Senhor a recompensa pelo seu zelo, pela sua vida, pelo seu testemunho e pela sua dedicação e enorme caridade!  Ir. Flávia Lourenço, op Ir. Rute dos Anjos

Adicionar legenda É esta uma parte do refrão, da marcha "São João bonito", de Isabel Vitorino. Cresci a festejar o Santo António e na educação piedosa de minha mãe aprendi a ver Santo António como o Frade que amava Jesus e que era muito mais que as quadras populares... Quanto a São João na minha cabeça era o Evangelista, autor de páginas do Evangelho de suma beleza, em vez do "Batista", vestido com peles de animais e a comer gafanhotos!    São João Batista viveu de forma apaixonada o desejo de conversão em si e que pregava ao povo e até ao rei e à sua consorte, o que lhe custou a cabeça, isto é a vida!!! São João apaixonou-se pelo Deus de seus pais, batizou Jesus, encaminhou os discípulos para Jesus, mas, possivelmente, nesta terra não encontrou o "abbá",  o paizinho de Jesus!  Só há pouco tempo percebi o que é os balões de São João, no Porto, poluentes, mas lindíssimos... Desejo  que hoje cada um salte a fogueira, das dificuldades, do medo, do ressent

    A ESPERANÇA – É CHAVE PARA A SALVAÇÃO: O FUTURO ESPERA POR NÓS. (Hoje acordei com vontade de fazer uma tatuagem) «A esperança não nos deixa confundidos porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espirito Santo»   Na nossa vida, no nosso mundo, diz-nos São Paulo no Novo Testamento.                  - Mas a que é que esta certeza se refere? É a certeza de que a esperança é Dom do Espirito Santo para viver o presente. Ela é um elemento CHAVE na nossa vida, é luz que nos ilumina o caminho. - Como é isso? É São Paulo que nos ajuda e nos faz uma proposta:                  «Não deveis entristecer-vos como (as pessoas) que não têm esperança»;                  Isto é, devemos andar alegres e ser o sorriso de Deus para toda a gente. A esperança é “algo especial” que distingue os cristãos, Para nós a vida tem Sentido - um sentido diferente; Nós sabemos que há um futuro, a vida não acaba num vazio,             Ela continua na Ressurreição com Jesus

17 de junho de 2017 – Chegávamos a Portugal da peregrinação das juniores Dominicanas e dos noviços Dominicanos aos lugares de São Domingos em Espanha. Fora uma semana cheia de alegria, de diversão, de conhecimento, de oração, de família dominicana. Paramos na Guarda, onde ficaram a maioria das irmãs e viemos duas para Lisboa com os frades, em virtude de no Domingo termos trabalhos pastorais nas comunidades. Algures na A23 vimos ao longe uma nuvem estranha, diferente… Chovia naquele troço da autoestrada, mas lá ao fundo parecia mais uma nuvem de fumo. Mais um incendio de verão! – pensamos. Assim, acontece quase todos os anos, quando o calor começa a apertar. Chegamos a Benfica, comemos alguma coisa e fomos descansar, para na manhã seguinte apanharmos os autocarros para as nossas comunidades. Não vimos notícias. O cansaço imperava, era preciso repousar para retemperar as forças. Domingo de manhã, na rodoviária tomei o autocarro para Estremoz. Ouvia um burburinho sobre um incêndio. Tinh

Para quem nunca foi grande fã das aulas de matemática, muitas vezes deve ter sido martirizado com a frase “anda lá, matemática é muito importante, está presente em tudo na vida!” enquanto pensava “quero é ver-me livre dela na minha vida…!” Eu, porém, fui das que sempre adorou: gostava de todas as matérias, mas lembro-me que as equações me davam um gozo imenso, ficava completamente abstraída nos números. Aliás, até lamento não ter ido além da matemática do 9ºano, mas opções maiores se levantaram das quais não me arrependo. Por falar em 9ºano, guardo com carinho os meus tempos de adolescente, esses tempos que sonhamos com o primeiro beijo mesmo quando as nossas paixões não são correspondidas, quando começamos a querer estar sempre bonitas, com os nossos vestidos mais singelos, mesmo quando as borbulhas do acne e o cheiro a transpiração não passam apesar de todo o perfume, desodorizante e cremes (as hormonas são o diabo!). Sobretudo, guardo dos tempos de adolescente os dilemas de alguém

Eu, Ir. Fer na nda da Conceição Cafofo, nasci e vivi na I  da Madeira até aos 14 anos. Nessa altura vim para o continente com mais duas meninas um pouco mais velhas do que eu, que também queriam ser Irmãs. Tive a ajuda do Pe. Figueira da minha Paróquia (Santo António – Funchal). Ele ao vir fazer o tratamento nas Termas, sabia dos nossos desejos e acompanhou-nos na viagem com destino a Fátima. O meu desejo desde pequena era fazer uma experiência numa casa de Irmãs. Conheci as primeiras Religiosas quando passaram pela porta dos meus pais, pedindo.   Numa das conversas com o Senhor Padre essas Irmãs, da Fraternidade Franciscana da Divina Providência, perguntaram-lhe se ele conhecia algumas meninas que quisessem ser Irmãs. O Pe. Figueira fez-me o convite e eu aceitei. Eu era a segunda mais nova de oito irm ãos de uma família simples que se ocupava na agricultura e nos bordados. Eram pessoas crentes e verdadeiramente cristãs que nos educaram na Fé desde crianças. Após a 1ª Comunhão e Cr

Festa de Santo António; em Reguengos, 13 junho de 2019 Cresci numa paróquia em que o padroeiro é Santo António. Em menina significava sair à noite, ir à festa e desfilar num vestido novo, mesmo que com panos reciclados, na costureira e não na loja, que a carteira era pequena. Mas para mim era um vestido novo, em que escolhia o pano, pedia uma saia com roda e era tudo o necessário para a minha alegria. Geralmente acrescentava-se uma volta no carrochel e houve um ano que fui a um concerto, da "Maria Armanda", uma menina da minha idade, cujo hit musical foi "Eu vi um sapo", confesso que é a única musica de que me lembro. Foi o meu primeiro concerto, entrei sozinha, senti-me tão importante, a minha mãe ficou o tempo todo do lado de lá das grades, porque o bilhete era caro...  Aprendi assim com o Santo António que o amor nos leva a ficar atráz, que nos leva a realizar sonhos de quem amamos e a sentir uma imensa felicidade por observar isso... Mais tarde o Santo António q

                        “Vinde comer do meu pão,                        Vinde beber do meu vinho,                         Vinde, vinde tudo está preparado" Posso contar-vos uma história? Era bem pequena, talvez com uns 3 anos, ía com a minha mãe à missa e levava a Lili, um peluche cor-de-rosa, a quem toda a gente chamava ursinho, mas que pela tromba via-se bem que era um elefante. Ou melhor creio que aos 3 anos os bonecos deixaram de ir à missa, por isso devia ser mais pequena... Tenho uma vaga ideia de estar sentada no genuflexório e da minha mãe me alertar... Em absoluto silêncio a minha mãe ajoelhou-se concentrada no altar... Eu sabia que era "o momento"... Era para "esse momento" que estavamos na missa... Então estiquei-me toda... Eu queria ver... Procurei subir no banco, não consegui, mas eu só queria ver... Vi o peluche no genuflaxório, aceitei a ajuda da Lili e, subi em cima do boneco...  No regresso a casa ansiava por ficar sozinha com a minha mãe,

Hoje seria um dia de família, ou melhor de Família de famílias... e há tantos anos que é assim, no primeiro fim-semana de junho, que vos confesso sentir fome... Daquela patanisca, daquelas cerejas, daquele copo, sempre os melhores dos mundo... Porque trazidos e dados com carinho... fome da conversa, do olhar, do sorriso... Do abraço... Meu Deus, que saudades do abraço...    O ano passado, para além deste encontro de famíliares e amigos das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina e Sena fez-se também um outro encontro de familiares e amigos do VTS. A experiência foi tão positiva que decidimos fundir ambos... Não tivesse chegado a pandemia que nos isolou, mas não quebra a vontade de estar junto, a união de corações...  Por isso hoje o VTS arranjou uma maneira de nos unirmos, de nos darmos a conhecer:  E dia de "Família tem de incluir encontro com Deus, com Deus uno e trino, que se comemora neste Domingo.  "  TEXTO:: Não te rendas à noite (André Silva, adap. Teresa de Saldanha e Pap

     AQUI TAMBÉM É TERRA DE MISSÃO.  Jesus disse aos seus Discípulos: Ide por todo o mundo, vivei e anunciai a Boa Nova, todos sabemos. Viver e anunciar com a vida, gestos, com a escuta, a palavra e a oração. Disse o Papa Francisco: “ A Igreja é Missão “ e o campo é o mundo onde quer que estejamos. Começa em nossa casa, na nossa rua, nosso bairro, etc. “Quem não é cá não é lá", diz um ditado popular. Pois bem, quando regressei de Moçambique em 2004 fui enviada para os Açores, Nordeste, onde estive 2 anos. As Dominicanas estavam lá numa Obra de raparigas. Entretanto a Obra foi entregue á Seg. Social e as Irmãs v ieram para outras paragens. Por um lado, o facto de mudar com frequência, tipo pneu de socorro, tem as suas vantagens. Uma delas é seguir o conselho de Jesus: “Não levem muita bagagem para não se atrapalharem nem se apegarem”. Estas circunstâncias libertaram-me, a mim própria e de muitas coisas que não fazem falta para ser feliz e por vezes até impedem de ajudar melho