Uma nova descoberta
“A felicidade não consiste em
possuir algo, nem em tornar-se alguém, não, a felicidade autêntica consiste em
estar com o Senhor e viver por amor”
Papa Francisco, Angelus, 1-11-2017
A cada desafio, uma nova descoberta. A cada convite, o mesmo sim.
Perante a intensidade deste desafio missionário (que o foi realmente), custou-me
confrontar-me com a realidade de que Deus não precisa de mim. Na verdade, seria
até insensato pensar que Aquele que Tudo
Pode precisaria da minha pequenez para trazer paz ou alegria aos corações
atormentados.
E ainda assim, Ele voltou a convidar-me para a Sua missão; Ele continua a
querer-me do Seu lado, a pedir-me que leve a sua boa nova até aos espaços mais
longínquos da minha zona de residência, da minha zona de conforto, do meu
coração. O Todo Poderoso continua a
querer fazer uso da minha pequenez e das minhas inseguranças para abraçar o
mundo e despertar nele sorrisos e encontros felizes.
Foi desta forma que percebi que servir os irmãos não é um sacrifício que
Deus me pede ou tampouco impõe, mas antes um dom. Deus deu-me o dom de poder
servir os meus irmãos. Uma vez semeado, cuidado e partilhado, esse dom tem o
poder de fazer de mim uma pessoa amada a caminho da felicidade verdadeira.
Esta experiência breve e intensa de Dominismissio colocou-me diante da dor,
do desespero, do abandono, da solidão, da pobreza, da falta de amor... apenas
para me fazer compreender que Deus está presente em cada uma dessas realidades.
Neste mundo estranhamente evoluído, a única resposta que parece fazer sentido é
a mensagem do amor; são os gestos, as palavras, os silêncios e as atitudes que
carregam em si a nossa fé e a nossa vontade de fazer as pessoas sentirem-se
amadas e felizes.
Viver com Deus é viver por amor. É amar e ser amado. É descobrir nessa
máxima o sentido da minha vida.
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