I - Catarina de Sena - Inspira... Inspira-te...
1º Dia – 21 de abril
Recordações de Infância – Quem as não tem?
Recordações de infância
A minha mais antiga confunde-se entre recordação e construção da estória, tantas vezes contada
pela minha mãe, devia ter uns 3 anos e fiquei em casa sozinha com a minha avó
materna. Quando a minha mãe voltou, encontrou a minha avó aflitíssima, pois eu
havia usado o pó de lavar a louça (sim, pó, em 1978 era isso que se usava) e
vinagre para fazer… talvez bolo para as bonecas, numa cadeira de buínho (uma
espécie de palha que se usa no Alentejo). A verdade é que essa cadeira ficou
tão branca que passados quarenta anos ainda está mais branca que as outras…
E tu, qual a tua memória mais antiga?
LEITURA: A primeira graça mística de Santa Catarina.
Santa Catarina foi a 24ª, a penúltima
filha de seus pais Jacopo Benincasa e Mona Lapa, nasceu em 1347, em Fontebranda,
Sena, Itália. Aos 6 anos de idade, teve sua primeira visão. Isso aconteceu ao
ir para a casa de sua irmã Boaventura, na companhia de seu irmão mais novo,
Estevão.
Catarina viu suspensa no alto da
igreja de Santo Domingo um belo trono onde estava sentado o Senhor Jesus,
vestido com ornamentos pontificiais e com uma mitra na cabeça. Com ele estavam
São Pedro, São Paulo e o evangelista João.
Catarina permaneceu tão pregada
no chão, encarando o Senhor. Jesus, com um olhar cheio de majestade e doçura, sorriu para ela e levantou a mão direita, abençoou Catarina, fazendo o sinal da
cruz sobre ela.
Estevão, acreditando que sua irmã
estava a ir com ele, continuou a andar; quando se virou, viu Catarina com os
olhos fixos no alto, chamou várias vezes e, como Catarina não se mexia, Estevão sacudiu-a fortemente, gritando com ela. Retornando do seu êxtase, ela respondeu:
"Se tu visses o que eu vi, não me afastarias dessa visão, nem por todo o
ouro do mundo". Com isso dito, Catarina olhou para cima novamente, mas a
visão desapareceu.
In Vida de
Santa Catarina
Reflexão: Estar a olhar para as nuvens, ficar para
trás, ver o que os outros não viam é uma situação com que me identifico se
pensar na infância. Confesso que o que me leva a dar crédito a Catarina de Sena
e a alguns Santos é a coerência… Ter manias, até fazer altares pela sala, ou
rezar pela casa deve ter acontecido no século XIV; hoje penso que continuará a
acontecer com crianças que sejam iniciadas na fé muito cedo. Alterar os
comportamentos, os gostos, as birras, como no caso dos pastorinhos de Fátima e
na vida de Santa Catarina de Sena, parece-me já ser um dom especial de
santidade.
A oração está para a alma como a água para as plantas.
Desafio deste dia:
Santa Catarina mostra-nos como a alma sempre se alegra na
presença de Deus; seguindo o seu exemplo, devemos procurá-lo em
todos os momentos da vida. Procura recordar-te da primeira vez que pensaste ou
ouviste falar em Jesus!
Há algum momento marcante em que “o tenhas visto”? Ou
tens vários episódios, situações que parecem insignificantes, em que a Oração, ou catequese ou usar um crucifixo ou a prática religiosa foram orientando a
tua vida? Recorda e agradece!
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