II - Catarina de Sena - Inspira... Inspira-te...

2º Dia – 23 de abril 

 Ser a ovelha negra da família ou fugir aos planos que os pais tinham para nós?


Creio que esta é uma temática atual nos nossos dias… Claro que com a dose normal de amor, os pais rapidamente largam os seus sonhos quando percebem que as escolhas dos filhos lhe dão plena felicidade. Mas também entendo a dor que pode causar passar uma infância, uma adolescência e até mais anos acompanhando fazendo de motorista e agente de um pequeno músico ou desportista e um dia a criança que já é grande desiste de tudo! Ou o contrário como me contou alguém… Notas brilhantes e agora filha vais para medecina? Engenharia? O quê música???? Imagino os olhos esbugalhados e é assim de olhos esbulhados que imagino Lapa, a mãe de Catarina de Sena, no dia em que a sua querida filha decidiu cortar o cabelo, algo impensável, com exceção para as criminosas, em plena idade média.
Carla Taveira

LEITURA: Uma pomba na cabeça de Santa Catarina
Catarina passava todo o tempo rezando e ajudando os outros. Para distraí-la desta atividade e atraí-la para as coisas do mundo, seus pais e irmãos a forçaram a fazer os trabalhos mais humildes, para que ela estivesse sempre ocupada no trabalho, sem ter tempo para orar. Eles decidiram que ela não ficaria sozinha em uma sala onde pudesse cultivar sua oração com Deus.
A santa não abandonou seus propósitos; pelo contrário, ele intensificou sua união com Deus, pensando em servir a Ele, à Virgem e aos apóstolos, seu pai, sua mãe e seus irmãos. [Exasperando a pobre da sua mãe cortou a sua bela trança, transmitindo de forma clara que não se pretendia casar.]
Um dia, enquanto seu pai, Santiago, procurava sua filha, ele a encontrou no quarto de seu irmão, mais novo, ajoelhada rezando em um canto. Uma pomba branca de neve estava pousada em sua cabeça. Seu pai estava convencido de que Catarina não se comoveu com a leveza, mas com o Espírito Santo, e ele ordenou a todos: "Vamos deixá-la servir seu Jesus livremente, para que ela interceda por nós".  [Com o apoio do pai para que não a impedissem de rezar, de viver uma vida austera e ajudar os pobres, em tudo o que podia Catarina chegou a esvaziar a casa paterna para tudo dar aos pobres.]
In Vida de Santa Catarina.

Reflexão:
Por vezes, os nossos pais, podem discordar de nós, mas nas situações ditas normais, amam-nos e querem a nossa felicidade. Neste tempo de pandemia muitos de nós há anos que não estavamos tantos dias junto com eles. Certamente descobrimos qualidades e defeitos que desconhecíamos ou tinhamos esquecido. Se há carateristicas que se mantém há outras que vamos moldando ao longo da vida. Consigo entender o mau humor dos irmãos quando regressavam a casa depois de um dia de trabalho e não havia que comer, porque Catarina havia oferecido tudo aos pobres. Também entendo os seus pais, que perderam vários filhos e que sendo Catarina a segunda mais nova requeria uma atenção especial e esta consumia-se em trabalhos, jejuns, extases e  desmaios. entendo o medo com que a mãe vivia de ver a filha perecer. Ou seja, sempre achei muito mais fácil conhecer os santos uns séculos depois do que viver com eles!

 Pensamento: 
“Ninguém nesta vida vive sem cruz. É nas adversidades que se prova o amor.”    

Autor desconhecido
Desafio deste dia:
Se tens os teus pais vivos, agradece esse dom a Deus e procura ter uma manifestação  de carinho.
Se os teus pais já faleceram, recorda-te de um episódio positivo, de algo que te transmitiram e agradece esse dom a Deus, termina com uma prece pela/s sua/s alma/s.

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