Assunção: Verdade ou Consequência

Festa da Assunção de Nossa Senhora, que ainda por cima, é um dogma, essa palavra pomposa que incomoda tanta gente...
Sem querer meter-me na teologia ou mariologia, vou-me limitar a partilhar convosco, duas ideias. 
Conhecem o jogo "Verdade ou Consequência", em que o jogador escolhe dizer a verdade sobre uma pergunta, muitas vezes, íntima, ou opta por uma consequência, geralmente um castigo escolhido pelos colegas. Maria abordada pelo anjo, diz que Sim. Aceita a missão da maternidade da própria Verdade. Após se certificar de que a obra é de Deus, e a Ele é possível que conceba um Filho sem "conhecer homem". Ao dizer Sim, festa da "Anunciação", comemorada a 25 de Março, Maria confia em Deus e aceita todas as consequências que daí possam advir: ser rejeitada por José, ser apedrejada publicamente, devido à gravidez... 
Mas Deus não falha e faz-se bebé no seu colo, Menino que segura a sua mãe e Homem. Homem que se afasta, que procura a sua missão, que Ela incentiva nas Bodas de Caná! "Filho, eles não têm vinho", traduzido num, "Mexe-te!", "Cumpre a tua missão", "Vive a Verdade que és!" Apesar do resmugo, "Ainda não chegou a minha hora", Jesus escolhe responder a Verdade, o "vinho novo!" É é por escolher a Verdade, o tratar Deus por pai, por paizinho que Jesus chega à Cruz! Também a verdade, consequência da maternidade de Maria a conduzem, à cruz e a receber João e a Igreja por filhos, mas também a receber no colo, o seu Menino, o seu Mestre e Senhor morto. Mas a manter no seu coração a fé na Verdade do Deus Vivo. É o próprio Deus que a incluí no Pentecostes, mas que, como consequência a  assume na sua humanidade. Daí o dogma, a afirmação verdadeira, de que Maria é elevada ao céu em corpo e Alma. 
A proclamação de um dogma é feita pelo Papa e ao contrário do que, por vezes, se pensa, quando o Papa reconhece uma "Verdade de Fé", geralmente, ela já é vivida e proclamada, mesmo que de forma experiencial, em vários sítios. 
Que como Maria saibamos escolher a Verdade é confiar nas consequências da Fé, pois Deus "nunca se deixa vencer em generosidade". 
Ir. Flávia Lourenço, op
 

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