Confiar: Pesca milagrosa



Nem sempre me acontece, mas às vezes sinto que Deus me fala através da oração.

No final de junho estive numa reunião onde estávamos a preparar a missão de verão deste ano. No fim da reunião recebemos a notícia que não iria ser possível haver a missão por causa da situação de pandemia que estamos a viver atualmente. Embora tivesse a noção que a qualquer momento podíamos ter que cancelar, confesso que não estava à espera, embora compreenda que foi adiada para o próximo ano por questões segurança.

Quando a reunião terminou e as pessoas começaram a sair, a irmã Flávia perguntou-me se eu tinha disponibilidade para falar. Eu disse que sim, embora não imaginasse qual era o assunto. Era um convite para uma missão um pouco diferente, já que não era possível a missão que tínhamos planeado. Convidou-me a estar durante o mês de agosto na casa das irmãs dominicanas para ajudar (porque neste momento estão mais irmãs idosas na comunidade do Restelo que vieram de Aveiro).

O evangelho desse dia falava da pesca milagrosa. Os discípulos tinham andado a trabalhar toda a noite e não tinham conseguido pescar nada. Já estavam desmotivados e sem esperança quando Jesus apareceu. Convidou-os a arriscar mais uma vez e eles lançaram as redes e conseguiram enche-las de peixes.

Também me senti triste quando soube que não ia haver a missão de verão. Já há algum tempo que nos andávamos a reunir para preparar esta missão e agora não ia haver. Quando a irmã Flávia falou comigo senti como que uma pesca milagrosa, uma nova esperança de poder fazer missão, mesmo que noutro contexto. Percebi que era Deus que me chamava a arriscar e por isso não hesitei em aceitar o desafio.

Ana Sofia Mercês

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