Receber o Crisma em tempos de Pandemia
Antes de todo este tempo de pandemia que estamos a viver, tinha uma data marcada na minha cabeça: 13 de junho, o dia em que iria receber o Crisma. Com os tempos que vivemos, comecei a acreditar que realmente tal não acontecesse, pois, um dia tão importante como este não podia ser celebrado com meia dúzia de pessoas. E aí é que eu me enganei. A minha catequista, assim que possível, informou-nos que o nosso Crisma iria realizar-se no dia 13 de setembro e que tínhamos um caminho longo a percorrer para preparar esse dia.
Receber o Crisma é muito mais do que receber um papel que nos diz que podemos ser madrinha ou padrinho como muitos acham. Receber o Crisma é muito mais do que um simples papel, é consciencializarmo-nos das nossas responsabilidades enquanto cristãos, é assumirmo-nos cristãos agora que temos um pouco mais de consciência do que é ser cristão, é avançarmos na fé, para mim, é como se nos aproximássemos mais um pouco de Deus…
Com esta preparação que tenho vindo a fazer, vou percebendo quais os dons do Espírito Santo que me propus a receber e quais aqueles que, em algum momento da minha vida, já recebi embora sem me aperceber.
Neste dia tão importante para mim, nada será como em tempos imaginei. Nunca pensei receber o Espírito Santo com uma máscara que me esconde o sorriso de alegria e sem todas aquelas pessoas importantes na minha vida (pelo menos presencialmente pois sei que estarão comigo, elas no meu pensamento e eu no delas). Também não poderei abraçar quem me apeteça, mas é como digo, vamos todos sorrir apenas com um olhar e acreditar que às vezes um olhar vale mais do que mil palavras.
Tenho a certeza que este dia vai ser marcado pelos nossos olhos semicerrados que escondem um sorriso porque dia 13 de setembro vai ser um dia feliz, quero e posso acreditar que sim!
Margarida Bailão
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