Dominismissio

  Madre Fundadora: " O Menino Jesus nasceu num presépio, e nasce agora, nesta noite solene, em nossos corações… e quanto melhor tivermos preparado o nosso coração, maiores graças receberemos. Nasceu o Menino num presépio, nasceu pobre despido de tudo, deu-nos o exemplo, [a todos os cristãos,] especialmente a nós religiosas, de amar e praticar a pobreza. Nasceu pobre, viveu pobre, chamou e escolheu os pobres... Nasceu Menino, que festas se fazem a uma criança bonita, que carinhos, e o Menino Jesus, o mais lindo de todos os Meninos, que não faríamos nós se o víssemos nos braços? É verdade, não temos esta felicidade de levá-lo materialmente em nossos braços, mas recebemo-lo esta noite em nosso coração, e este coração deve estar enfeitado pelas orações, pelas virtudes e pelas aspirações…"  Teresa de Saldanha em 1910, quando a casa de Benfica, que comprou com tanto esforço lhe foi retirada; foi impedida de ficar na casa da família, pois ameaçaram colocar lá uma bomba; é numa pensã

   Foto: El País - "nenhuma violação de direitos autorais pretendida" Sempre foi uma das minhas festas favoritas, nalguns anos passado em família alargada com tios, primos e era uma alegria. Noutros anos sozinhos os 3, a minha mãe fazia um chocolate grosso, isso ou alguma bebida, consoante a idade e os doces! Mas o mais doce não era nem o chocolate, os bolos, ou o arroz doce, o mais doce era que me sentia também presépio, que me sabia amada, muito amada. Vejo a loiça festiva, os efeites de Natal, os doces e tanta coisa que necessitamos… De coração rezo por todos os refugiados, todas aquelas vitimas de tráfico, todos aqueles que na sua dor representam a família de Nazaré, só que, em situações mais difíceis… E a verdade é que por muito que queira imaginar aquilo que passaram e que passam neste momento, não consigo. Também não consigo ignorar, esquecer… Rezo na minha impotência… Jesus nasceu à 2000 anos, mas nunca O terei conhecido ou entendido se não O amar e servir neste

 19 a 24 Dez. – Acolher e Adorar Jesus na intimidade   Visitação ou Saudação? Ao confrontar as nossas tradições cristãs com as do Oriente descobrimos diferenças nas traduções que nos levam a comtemplar o “ Mistério do Natal ” de forma intensa e bela. Segundo D. António Couto: “ o Evangelho de Lucas 1,39-45, [que] as Igrejas do Ocidente conhecem este episódio por «Visitação» de Maria a Isabel, enquanto os nossos irmãos do Oriente preferem denominá-lo «Saudação» de Maria a Isabel ."⁹ Este texto aparentemente tão simples e  belo, que todos conhecemos até de cor  revela-se mais rico, do wie jma leitura apressada  leve a supor. Voltamos ao texto do Biblista, D. António Couto,  a "correr sobre os montes, Maria reveste-se dos traços sublimes do mensageiro de Isaías 52,7, que diz: «Como são belos sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a Paz, que leva Boas Novas a Sião!». Claramente, Maria aparece como portadora de Notícias Felizes. Mas, ao correr sobre os montes, Maria

Angelo Senchuke, LC  “Vigiai e orai”, diz o Senhor! Porquê rezar? porque vigiar?   “Vigiai e orai”, diz o Senhor! O tempo de Advento nos convida a vigiar e a rezar. Como Irmã, rezo, faz parte da vida consagrada, temos um horário estabelecido para rezar em comunidade e em particular. Uma vez, uma Jovem universitária me perguntou, no final da Eucaristia: “Irmã porque rezas” ?   De verdade senti-me atrapalhada e sem saber responder de momento, eu só sabia dizer que rezo mas o porquê, nunca tinha feito a mim própria esta pergunta. De regresso para casa, no caminho, pensei nisso. Lembrei-me que Jesus pediu nos Evangelhos várias vezes para que nós rezássemos. Ele é meu Deus e nunca ponho em questão o que Ele me ensina. Jesus sabe melhor do que eu e me ama, mais do que eu a mim mesma. Rezar é para o nosso bem e   glória de Deus (Jo 14, 13-14)! Deus, nos Evangelhos   ensina e explica melhor esta pergunta. Kierkegaard escreveu: “os antigos diziam com razão que rezar é respirar. P

Tempo de Advento, tempo de esperança, nas ruas os efeites de Natal, as luzes as montras tocam-nos com a alegria e a esperança quase infantis. E tomo consciencia, que o materialismo, ao qual o Papa pede que não nos entreguemos, me tenta nalgumas montras! Ler o Evangelho deste domingo ( Lc 3, 10-18 ) e ficarmos circunscritas ao João Batista e às chamadas de atenção, que faz aos que se aproximam dele, na sua época, é fácil! Rezar esse Evangelho e perceber os caminhos de conversão que me apresenta já é incomodo, por vezes até doloroso! Se a mensagem do 3º domingo é de esperança e de alegria, essa esperança reside na confiança que Deus tem em nós e no desafio a mudar, a deixar as amaras. Já a campanha de Natal, da Congregação, propõe-nos este excerto: “ Jesus estremeceu de alegria sob a ação do Espírito Santo e disse: Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos”. Lc 10, 21 Jesus percebe o dom

Vanesa Guerrero1 Dia 8 de dezembro, Dia da Imaculada Conceição, dogma de fé, proclamado só em 1854, séc. XIX, quando na realidade em Portugal a primeira celebração do culto da Imaculada Conceição foi em 1320, em Coimbra. Esta devoção foi-se propagando, não só em Portugal, mas na peninsula Ibérica, e "em toda a cristandade". Em Portugal tem um dos momentos áureos, após a restauração da nossa independencia, quando D. João IV, durante as cortes de 1646, em sinal de gratidão   consagrou-se a ele e ao País, com a coroação da Imagem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa como Rainha e Padroeira de Portugal, oferecendo-lhe a sua coroa, que nenhum dos nossos reis puderam usar, após este ato. Muitas vezes ouve-se falar contra os dogmas, embora as pessoas desconheçam quais os dogmas da Igreja e o seu contexto, são proficuas em opiniões e censuras, confesso que eu própria, naquela idade das certezas, pelo fim da adolescencia, também proferi algumas pérolas de ignorância. Hoje fico

Diocese do Crato Segundo Domingo do Advento, da maneira que o tempo passa rápido, qualquer dia já é Natal. E depois vem o stress dos presentes ou compras que nos esquecemos, da preparação da ceia, e no final, se fisicamente nos sentimos saciados e cheios, por vezes, noto que ao Menino dei o tempo estipulado nas celebrações liturgicas, mas não o olhei com ternura ou prazer… Não parei ao pé de Jesus ou a esperar Jesus, simplesmente, porque Sim. Simplesmente porque me ama e O amo e quero amar a Ele e Nele aos que coloca na minha vida! Porque amar é muito mais do que cumprir um protocolo… Amar é parar, acolher, olhar só porque Sim, ou só porque isso dá sentido à minha vida, porque me aquece o coração, me relaxa e me dá paz! A maioria de nós sente a necessidade de parar, de meditar, de cumprir qualquer ritual que alivie o stress e lhe dê PAZ e tantas vezes os cristãos, ou melhor, eu esqueço que se levarmos Deus a sério, isso seriam os frutos do Espírito Santo na nossa vida. O Evangelho

 Mês Dominicano da Paz em comunhão com a Venezuela Como costume teremos a nossa caminhada de Advento, rebento da caminhada proposta às IDSCS (Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena) pela Madre Geral (Irmã Rita Maria Nicolau). Caminhamos neste Advento rumo ao Natal, (...)com um convite à participação, à conversão na construção da paz, e em comunhão fraterna. Nesta caminhada convido cada uma/um a alargar a tenda com as virtudes que a Madre Fundadora viveu, no seguimento de Jesus, Maria e José, que nos conduzirão a um encontro mais profundo, mais íntimo com o Senhor da nossa vida.  1. Semana – 28 Nov – 4 Dez – HUMILDADE | OBEDIÊNCIA 

O Rei manda... saltar ao  pé coxinho. Não me lembro bem das regras do jogo, mas lembro os sons, as gargalhadas, o vento fresco que acariciava o rosto no início daquelas noites quentes de verão… “O rei manda” era simplesmente um jogo, mas no meu gosto pela história vinham outros reis, que mesmo aquilo que hoje lhes era atribuído, era consequência deste mandar… Daqui vinham as Igrejas, as vilas, os castelos, os descobrimentos, etc… Depois entrou no meu imaginário de criança o casamento da princesa Diana, tal como nos livros, ou nos sonhos… Mas com o tempo percebe-se que a rainha lhe dificultava a vida, ou seja, “a rainha mandava”. E se agora prefiro obedecer a mandar… Naquela altura mandar era bom, até muito bom! E neste cenário entrou Cristo Rei. E aqui as palavras custam mais a sair… E vem os canticos: “Hossana tu reinarás, na cruz tu nos salvarás.” O reinado de Jesus era diferente… Porque é o libertar dos pecados, das correntes (das modas, do socialmente aceite, da inveja, da mald

  “O Senhor que me livrou da mão do leão e da do urso; Ele também me livrará da mão deste filisteu” “E Davi disse ao rei Saul: Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo irá e pelejará contra este filisteu. Porém Saul disse a Davi: Contra este filisteu não poderás ir para pelejar; pois tu ainda és moço, e ele, homem de guerra desde a sua mocidade. Então, disse Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; quando vinha um leão ou um urso e tomava uma ovelha do rebanho, e eu saía atras dele, o féria, e livrava a ovelha da sua boca; e, levantando-se ele contra mim, agarrava-o pela barba, o féria, e o matava . (...) Disse mais Davi: O Senhor me livrou da mão do leão e da do urso; Ele me livrará da mão deste filisteu . Então, disse Saul a Davi: Vai, e o Senhor seja contigo ”. (1 Sam 17, 32-37) Quanta força e luz nos dá Deus por meio da Sua Palavra, louvado seja sempre! Estando eu numa dificuldade a qual me parecia maior que as minhas forças, um anjo de Deu

A Ana e a Madre Provincial, Ir. Alzira Ferreira   No passado dia 8 de setembro iniciei uma nova etapa da minha vida: o Postulantado. Há um ano que esperava por este momento tão significativo em que passo a fazer parte da Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena. Nesta celebração houve um momento em que era chamada pelo meu nome e respondia “Eis-me aqui, Senhor porque me chamaste”. Para mim dar esta resposta significa a renovação do “sim”. Um “sim” que dei a Deus a primeira vez há 2 anos quando no final de uma oração do Dominismissio senti que Ele me chamava a segui-lo na vida consagrada. Após pedir para ser admitida nesta comunidade (que faz parte do rito de entrada no Postulantado), uma das minhas irmãs cantou um Avé Maria. O momento era solene, mas este gesto permitiu que que se tornasse ainda mais especial. A presença da minha família e das Irmãs da Congregação (as que estiveram na celebração e as que marcaram presença através da oração e do envio de mensage

Na minha infância muitas vezes lamentei que o Carnaval fosse só uma vez no ano, a moda de festejar o halloween em Portugal começou ao de leve era eu jovem, logo a nível pessoal nunca se me colocou a questão se festejava ou participava. Confesso que enquanto religiosa muitas vezes partilhei o incentivo a que se reavivasse a tradição do bolinho ou de pedir os Santos, mas entendo a pressão nas crianças e famílias para que adiram a mais uma data, que na realidade é uma forma de incentivar ao consumo! Também é verdade que com as novas tecnologias o mundo ficou mais pequeno. Logo as tradições de grandes países como os Estados Unidos torna-se uma influência avassaladora. Também entendo que a Igreja recuse a festevidade do halloween, não por querer ser chata ou conservadora, mas, como diz São Paulo, "se Jesus não ressuscitou, é vã a nossa fé"! Acreditar na ressurreição dos mortos e na vida eterna é um ponto essencial da fé católica. Onde não se comtempla, nem no imaginário infantil b

Preparação do espaço de Acolhimento do CUFC no Enterro, em 2014 Outubro é o mês das missões! Missão! Esta palavra tornou-se tão normal, que quando pensei neste texto propus-me a descobrir o seu verdadeiro significado. Ao pesquisar apareceu-me uma enormidade de ofertas e testemunhos: Missão País; Dominismissio; FEC; SDAM e praticamente relacionado com todas as familias religiosas e Dioceses, aparecem propostas e testemunhos, varia o nome, mas a essência é igual!  Desde pequena que, ao ver na TV crianças pobres do outro lado do mundo, sonhava ir e dar-lhes o pão da boca e do coração: Jesus Cristo, como eu o havia recebido e amado! Fui descobrindo que este desejo de ir e ajudar era comum a outros jovens até de outras religiões ou até sem religião alguma! Quando vi o curso universitário a chegar ao fim percebi que podía ir uns meses, um ou dois anos, mas que Cristo me pedia a vida toda!!! Foi uma decisão com muita luta entre  "ser"  e " ir fazer". Pensei destinguir

          T estemunho Vocacional Conheci há muitos anos a Ir. Donzília Natário Vicente, na Casa das Irmãs Dominicanas no Restelo. É uma pessoa que provoca empatia imediata: simples, humilde e de uma generosidade e persistência que, por vezes, toca as raias da teimosia. Natural de Soutosa, freguesia de Peva, Moimenta da Beira, Diocese de Lamego e distrito de Viseu. Nasceu numa família onde já a tinham precedido três irmãos: a mais velha, dois gémeos dos quais a menina morre à nascença. Assim, a Donzília perfazia agora o número de três: viria depois uma quarta irmã. Nesta família, verdadeiramente cristã, ensinavam-se e aprendiam-se os valores humanos e cristãos da honestidade, do respeito e amor pelo próximo.  REMAR CONTRA A MARÉ NA CLANDESTINIDADE Foi-me pedido pela Irmã Flávia para escrever a história da minha vocação Gostaria muito de poder transmitir como surgiu a minha vocação, no entanto não é possível pois, como dom de Deus, o chamamento fica sempre envolvido num véu de mistério.